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Atenção ao Glúten!
 
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03/03/2011

Atenção ao Glúten!

Segundo estudos da Mayo Clinic, a doença celíaca – reação do sistema imunológico a alimentos com glúten, é quatro vezes mais comum do que há 50 anos, afetando uma a cada 100 pessoas. O diagnóstico correto pode devolver o bem estar ao paciente

Perda inexplicável de peso, anemia, hipoglicemia, erupções na pele, enxaquecas, náuseas, dores no estômago sem razão aparente, gestações difíceis, fadiga. Estes são alguns dos efeitos que a doença celíaca pode provocar quando não diagnosticada corretamente. Este foi o caso da norte-americana Melanie Herreing, funcionária da própria Clinica Mayo, campus de Jacksonville, Flórida, que durante anos tratou cada uma dessas doenças separadamente, sem resultados. Inicialmente, Melanie recebeu diagnóstico de doença autoimune, como o lúpus. Mas não era o caso.

Seus problemas, como dores inexplicáveis no estômago e fatiga, continuavam a aparecer. Isso, somado ao trabalho em tempo integral, as aulas de educação continuada e as obrigações com os filhos, a levou ao estresse. Para lidar com essa situação, Melanie procurou levar uma vida saudável, com mudança da dieta para alimentos integrais e começou a treinar para uma maratona. “Troquei as batatas fritas industrializadas (potato chips) por roscas salgadas assadas, pão branco por pão de trigo integral não refinado; passei a tomar bebidas dietéticas e cortei o açúcar”, conta. Mas os sintomas digestivos persistiram. “Meus esforços para me tornar saudável só agravaram minha situação”, ela diz. “Eu estava mal. A dor e a fadiga estavam me afetando tanto que eu preferia não almoçar porque, se o fizesse, me sentiria mal o resto do dia”.

Na Clínica Mayo, foi, então, submetida a endoscopias digestivas, exame do estômago e de tecidos do intestino delgado, para se determinar o que, exatamente, estava causando os problemas. Quando acordou, após os procedimentos, ficou sabendo que a origem de anos de problemas de saúde, aparentemente sem conexão, era a doença celíaca.

Em pacientes com a doença celíaca, o glúten, uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, provoca o ataque do sistema imunológico, danificando a estrutura vilosa da mucosa no intestino delgado. A vilosidade é um pequeno processo de protrusão vascular, que aumenta a área de superfície do intestino, o que facilita a absorção de nutrientes e a digestão.

“O dano causado pelo sistema imunológico ao revestimento intestinal resulta, enfim, na perda de vilosidade da mucosa e em menor capacidade das células de absorver nutrientes vitais”, diz o gastrenterologista da Clínica Mayo e especialista na doença, John Cangemi.

Essa doença apresenta sintomas diversos, como diarréia, distensão abdominal, perda de peso, anemia, perda de dentes, osteoporose prematura e grave ou uma inexplicável infertilidade. A dificuldade, segundo John Cangemi, é que os sintomas da doença celíaca são variáveis e podem ser confundidos com os de outras doenças mais comuns, como a síndrome de intestino irritável.

"De fato, não há sinais ou sintomas específicos da doença celíaca. Alguns estudos têm sugerido que, para cada pessoa que foi diagnosticada com a doença celíaca, há outras 30, provavelmente, que sofrem da enfermidade, sem que seja detectada", afirma o médico.

Uma visita ao gastrenterologista pode resultar em um diagnóstico preciso – através de um exame de sangue ou de uma endoscopia digestiva alta, para se examinar a vilosidade da mucosa. No caso de Melanie, a evidência se mostrou óbvia, assim que os médicos realizaram a endoscopia. “Disseram que uma estrutura vilosa normal se parece com um carpete luxuoso, enquanto, no meu caso, mais parecia um ladrilho”, ela conta.

Dieta sem glúten - Obter um diagnóstico correto, finalmente, foi um alívio. Todavia, o tratamento não é tão simples como pode parecer. "Não é fácil fazer uma dieta sem glúten", diz John Cangemi. “Trigo, cevada e centeio são componentes de muitos tipos de alimentos, além de fazer parte de alguns medicamentos, doces e outros produtos. A pessoa pode, simplesmente, não se dar conta da presença deles”, explica.

Melanie diz que ficou chocada quando descobriu como é difícil eliminar o glúten da alimentação. “Ele está em tudo, até nos doces”. Ela e sua família passaram a gastar um tempo enorme examinando rótulos de produtos alimentícios. “Notei imediatamente a diferença quando eliminei o glúten de minha dieta. De repente, comecei a sentir fome, o que não sentia há muitos anos, porque, todas as vezes que comia alguma coisa, passava muito mal mais tarde. Mas, agora, sinto como se estivesse morrendo de fome durante anos”, diz.

Difícil diagnóstico – Os pacientes com doença celíaca podem obter melhores resultados se consultarem médicos com experiência no tratamento dessa enfermidade. Cerca de 1% da população dos Estados Unidos é diagnosticada com doença celíaca. “Com a mesma frequência que a doença passa despercebida em muitos exames médicos, os diagnósticos podem ser feitos sem comprovação suficiente, sujeitando os pacientes a uma dieta muito austera, por razões erradas”, diz John Cangemi. É necessário fazer uma biópsia para confirmar um caso de doença celíaca.

“Nós temos gastrenterologistas, cuja prática médica é primariamente focada em pacientes com doença celíaca”, diz o médico. “Temos dietistas que ensinam os pacientes como administrar uma alimentação sem glúten”, ele afirma.

O aspecto mais importante do tratamento é a dieta. Geralmente, alimentação sem glúten alivia os sintomas da doença e restaura a aparência normal – ou quase normal – do intestino delgado.

Para mais informações sobre tratamento da doença celíaca na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, contate o Departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.

Sobre a Clinica Mayo

A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Phoenix/Scottsdale (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.

Para mais notícias sobre a Clínica Mayo, visite o site www.mayoclinic.org/news/.

O MayoClinic.com (www.mayoclinic.com) está disponível como fonte para reportagens da área de saúde.

 


Autor: Assessoria de Comunicação
Fonte: SPMJ Comunicação

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