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Os adoçantes artificiais fazem mal à saúde?
 
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05/05/2009

Os adoçantes artificiais fazem mal à saúde?

Especialista discute o resultado da enquete do Portal SIS.Saúde

 
Na enquete, realizada através do portal Sis.Saúde, perguntamos se as pessoas achavam que adoçantes artificiais faziam mal à saúde. O resultado foi que a maioria pensa dessa forma.
 
Resultado da enquete:
 
Você acha que os adoçantes artificiais fazem mal à saúde?
 
 
Com base nesse resultado, realizamos entrevista com a professora Suzete Carbonell  Leal, que possui experiência no tema. Nutricionista clínica e com título de mestrado em Ciências da Saúde, Suzete é uma profissional qualificada para discutir o tema. Especificamente em relação aos adoçantes, Suzete comenta que em sua atuação como gerontóloga, esse debate é muito frequente, sobretudo porque essa população apresenta taxas mais elevadas de diabetes do que pessoas mais jovens. Confira a entrevista na integra:
  
Na enquete que realizamos, através do Sis.Saúde, a maioria das pessoas acredita que os adoçantes artificiais fazem mal. Isso é verdade?
 
Existem muitas controvérsias a respeito, incluindo o meio científico. Existem alguns tipos de adoçantes artificiais, cada um com suas características. Todos são praticamente sem calorias e oferecem um poder de adoçante muito maior que o açúcar comum. As pesquisas realizadas na área indicam que, se consumidos nas doses recomendadas, os adoçantes não fazem mal à saúde. Não se deve consumi-los em excesso. Porém, dificilmente as doses utilizadas pelas pessoas ultrapassam as doses recomendadas. No caso da sacarina e do ciclamato de sódio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) restringiu o uso porque esses tipos de adoçantes possuem sódio para realçar o sabor e grandes quantidades de sódio poderiam fazer mal à saúde. A sacarina é proibida no Canadá; o ciclamato, nos Estados Unidos; e a Organização Mundial da Saúde não recomenda o uso desses tipos de adoçantes por esse mesmo motivo. Portanto, as restrições a esses adoçantes é devido ao uso concomitante de sódio para realçar o sabor. Também há uma suspeita de que possam causar câncer se ingeridos em grandes quantidades. No entanto, não existem estudos conclusivos a esse respeito. De qualquer forma, um médico deve ser consultado para se saber se a pessoa pode ingerir adoçantes, qual a dose recomendada para o seu porte físico e condições de vida. Além dos adultos, as gestantes, as crianças e os diabéticos também podem consumir adoçantes, desde que sejam orientados por um médico.
 
E quanto as pessoas que consomem diariamente uma grande quantidade de alimentos ou bebidas com essas substâncias, por exemplo, os refrigerantes?
 
A ingestão em grande quantidade, como em refrigerantes, pode ocasionar desfechos prejudiciais a saúde, principalmente para as crianças. Cada tipo de adoçante apresenta uma dose máxima recomendada. Por exemplo, para o aspartame, a Anvisa recomenda para uma pessoa de 60 kg um total de 2400 mg (40mg/kg de peso), o que equivaleria a cerca de 48 envelopes de 1g de adoçante, ou 10 gotas/kg/dia ou 4l de refrigerante dietético adoçado somente com aspartame. Dificilmente, as pessoas ultrapassam essas quantidades. Contudo, as quantidades recomendadas devem ser seguidas à risca.
 
Em relação aos tipos de adoçantes, alguns fazem propaganda de que são naturais (por exemplo, a marca Stévia). Qual sua opinião a respeito?
 
Importante é buscar conhecimento em pesquisas científicas em relação à saúde e a relação custo benefício e no que diz respeito a legislação vigente nacional e internacional. No Brasil, o adoçante da marca Stévia (esteviosídeo) foi aprovado pela Portaria n° 14 de 26 de janeiro de 1988. Há uma propaganda de que esse tipo de adoçante possa ser considerado como “natural” por ser retirado de folhas de stévia (Stevia rebaudiana),  planta nativa no Paraguai. Mesmo referido como um adoçante “natural”, existem também controvérsias a respeito de seu uso. Alguns estudos demonstraram que uso contínuo e em grande quantidade do extrato da stévia pode gerar lesões celulares em animais. No entanto, também não existem dados conclusivos a respeito.
 
Em quais casos deve-se administrar o uso destes produtos?
 
O uso dos adoçantes pode auxiliar o emagrecimento, por exemplo. Porém, é necessário que um médico avalie caso especificamente. O uso de adoçantes pode ser mais benéfico que permanecer com uma obesidade mórbida. O mesmo pode ser dito em relação ao diabetes, em que os açucares comuns não devem ser ingeridos. Portanto, as pessoas devem buscar orientações médicas a respeito do uso de adoçantes para o seu caso. Apenas um médico poderá dizer se está recomendado o seu uso. Também é necessário seguir as prescrições das quantidades máximas recomendadas. Em hipótese alguma, o uso de adoçantes deve ser indiscriminado. Todos os estudos realizados até hoje apontam que os adoçantes podem fazer mal à saúde se ingeridos em grandes quantidades. Dependendo do caso, essas substâncias são recomendadas e necessárias como um suplemento alimentar.
 
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Imagem Gif por: Aline Silveira.

Autor: SIS.Saúde
Fonte: Suzete Maria Carbonell Leal

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