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50 mil brasileiras
 
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18/10/2012

50 mil brasileiras

Artigo do oncologista Dr. Stephen Stefani

Em 2012 teremos mais de 50 mil brasileiras recebendo a notícia que estão com câncer de mama. Por outro lado, a boa notícia é que as taxas de sucesso vem crescendo e a luta tem angariado milhares de pessoas. O movimento internacional conhecido como Outubro Rosa é um exemplo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza a luta contra o câncer de mama. A história remonta à 1990, quando o laço rosa foi distribuído pela Fundação Susan G. Komen for the Cure aos participantes da primeira Corrida pela Cura, em Nova York. Em 1997, entidades começaram efetivamente a fomentar ações voltadas a conscientização do diagnóstico precoce, denominando o Outubro Rosa. Iluminar de rosa monumentos, prédios e pontos conhecidos, com uma leitura visual replicável em qualquer lugar, surgiu posteriormente e é uma forma prática para que o Outubro Rosa tivesse uma expansão ainda mais abrangente. Neste tempo, comemoramos várias avanços. Recentemente, publicado na revista Nature, mais um passo foi dado em compreender a doença e perceber que, apesar de chamarmos pelo mesmo nome, câncer de mama é mais de uma doença, com comportamento biológico e resposta ao tratamentos diferentes. Nestes anos, a chance de cura pulou de 44% para 77%. Se detectada em estádios precoces (idealmente antes dos sintomas), ultrapassa 90%. Infelizmente, nem sempre estes avanços estão acessíveis a todos. Existem vários pontos que podem afastar o ideal do real. Ainda existem pessoas não conscientes da necessidade de mamografia, a falta de acesso ao exame de detecção precoce em alguns locais é alarmante, a qualidade muitas vezes questionáveis de alguns aparelhos podem dar falsa sensação de segurança e o tempo entre encaminhamento e tratamento efetivo são pontos de tensão que devem ser trabalhados. Outro problema que deve ser pautado é o custo elevado das novas tecnologias. Testes genéticos que podem algumas vezes definir se a paciente deve ou não ser submetida a quimioterapia não são contemplados pelo sistema público ou privado e custam mais de R$ 5 mil. Alguns medicamentos consagrados e usados no sistema privado mais ainda não disponível no SUS. Países que tem debate maduro em economia da saúde, tema muito incipiente no Brasil, já estão estudando estratégias práticas. De qualquer forma, a popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno de causa nobre . Isso faz que a iluminação em rosa assuma papel importante, lembrando a todos o desafio que o pais e, especialmente, milhares de mulheres e famílias enfrentam. 


Autor: Dr. Stephen Stefani
Fonte: Dr. Stephen Stefani

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