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DSM-V, novos critérios e novas perspectivas
 
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17/01/2013

DSM-V, novos critérios e novas perspectivas

O manual pode tanto ser usado na prática clínica quanto no trabalho com a população

O DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) é a classificação padrão de doenças mentais usada por profissionais da saúde mental nos EUA e contém uma lista de critérios diagnósticos para todos os transtornos psiquiátricos reconhecidos pelo sistema de saúde estadunidense. A edição atual, o DSM-IV-TR, é usada por uma grande gama de profissionais, incluindo psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e de reabilitação, assim como médicos e pesquisadores de muitas áreas. O manual pode tanto ser usado na prática clínica quanto no trabalho com a população. Além de descrever detalhadamente os critérios diagnósticos, o DSM também é uma ferramenta necessária para coletar e comunicar estatísticas sobre o diagnóstico de transtornos mentais.

Em maio de 2013 será publicada a edição revisada do manual, o DMS-V. Mas revisar esse tipo de documento não é uma tarefa simples. O processo de revisão do manual para a criação do DSM-V começou entre diretores do National Institute of Mental Health (NIMH), da American Psychiatric Association (APA) e do Comitê de Avaliação e Diagnóstico Psiquiátrico da APA em 1999. Eles acreditavam que era importante que esses órgãos trabalhassem juntos para expandir as bases científicas do diagnóstico e das classificações psiquiátricos.

Com o patrocínio das duas organizações, uma conferência de planejamento de pesquisa para a elaboração do DSM-V aconteceu em 1999.Entre os participantes estavam especialistas em estudos de famílias, com gêmeos, em genética molecular, em neurociência, em ciências cognitivas e comportamentais e em deficiências. Ao longo do processo, os participantes reconheceram a necessidade de uma série de livros brancos (“white papers”) que guiassem as pesquisas futuras e promovessem mais discussões, compreendendo temas amplos que perpassam muitos distúrbios psiquiátricos. Foram criados grupos de trabalho para o planejamento, incluindo grupos para discutir desenvolvimento, falhas no sistema vigente, deficiências, neurociência, nomenclatura e assuntos interculturais.

Mais conferências aconteceram em julho e outubro do ano 2000 para planejar a agenda de pesquisa. Os grupos separados anteriormente criaram uma série de livros brancos, que foram publicados como “A Research Agenda for DSM-5” em 2002. Uma segunda série de livros brancos transversais, intitulada “Age and Gender Considerations in Psychiatric Diagnosis” foi publicada em 2007.

Líderes da APA, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da World Psychiatry Association (WPA) determinaram que mais informações e planejamento de pesquisas eram necessários em áreas de diagnóstico específico. Portanto, ainda em 2002, mais pesquisas com foco nas evidências científicas para revisão de áreas diagnósticas específicas foram aprovadas, patrocipadas pelo NIMH, pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA) e pelo National Institute on Alcoholism and Alcohol Abuse (NIAAA).

Outras 13 conferências aconteceram entre 2004 e 2008. Os especialistas que representaram a comunidade médica vieram do mundo inteiro, com mais da metade dos participantes de fora dos EUA. Até agora, os resultados de 11 dessas conferências já foram publicados em periódicos com peer-review ou como monografias pela American Psychiatric Publishing, Inc. (APPI). Os achados das 13 publicações serão uma grande contribuição à base de dados para as forças-tarefa que estão trabalhando no desenvolvimento da revisão da International Classification of Diseases.

Em 2006 o presidente da APA nomeou uma série de especialistas de vários lugares do mundo para diversas frentes de trabalho da elaboração do DSM-V. Entre eles, o único brasileiro é o psiquiatra Luis Augusto Rohde, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em entrevista à Folha de São Paulo, Rodhe destaca que a nova versão está mais coerente e confiável. Ressalta que na prática clínica no Brasil o novo DSM não terá impacto direto, já que aqui usamos a Classificação Internacional de Doenças da OMS. No entanto, o manual é usado nas universidades, então acarretará mudanças importantes à medida que os novos conceitos são incorporados à pratica desses profissionais. 


Autor: Redação
Fonte: Scientific

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