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Atividade física e infertilidade
 
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25/05/2013

Atividade física e infertilidade

Dr. Claudio Telöken

A exposição midiática retumbante de competições onde a força física e pesados exercícios são requeridos suscita questões sobre eventuais prejuízos que homens jovens poderão exibir quando tiverem interesse em gerar seus filhos. Na vigência de tais eventos, como Olimpíadas, respondemos a dezenas de questões, onde há questionamento de familiares sobre a prática de exercícios mais competitivos do que pró-lazer, desde a mais terna idade.

Escassos são os dados na literatura moderna, demonstrando taxativamente os efeitos deletérios do exercício sobre a reprodução masculina. É tácito, entretanto, que homens não obesos e exercitando-se regularmente são menos candidatos à infertilidade. O exercício físico regular e que acompanha adequadamente a faixa etária promove saúde, bem-estar, diminui angústia, induz o sono restaurador. Entretanto, há suficiente evidência de que o abandono do exercício de alto impacto promove melhora na espermatogênese, facilitando a gravidez.

Há controvérsia e carência de dados específicos sobre os limites a partir dos quais iniciam as alterações físicas que repercutirão na obtenção de espermatozóides saudáveis o suficiente para o sucesso na obtenção da gravidez espontânea. As variações no ser humano são tamanhas que o impacto em alguns é ínfimo e, em outros, altamente comprometedor.

Uma clássica referência é do homem que pratica ciclismo cerca de 300 quilômetros por semana. Inquestionavelmente, exibe significativa diminuição da fertilidade consecutiva ao aumento das formas anormais espermáticas. Da mesma maneira, a forma dos espermatozóides de um grupo de triatletas era mais comprometida do que a de praticantes de pólo aquático.

O comprometimento da fertilidade masculina relaciona-se com a intensidade do exercício (de moderado a alto), o período de tempo em que a pessoa é praticante e a faixa etária desse indivíduo. Além do mais, exacerba-se o quadro quando há disputa competitiva com exaustão, com estresse. Já o exercício recreacional é menos nocivo.

Na maioria das circunstâncias, os danos produzidos pelo exercício contumaz de alta intensidade são reversíveis. O exercício moderado é saudável e conveniente para o ser humano. Mas convém lembrar que, quanto maior a intensidade da prática desportiva, quanto mais jovem tenha iniciado e mantido por longos anos, mais difícil o sucesso na gravidez espontânea.

Dr. Claudio Telöken é médico urologista do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva 


Autor: Karen Horn
Fonte: Usina de Notícias

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