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Carne vermelha e o câncer
 
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28/10/2015

Carne vermelha e o câncer

Artigo do especialista com larga experiência no âmbito da medicina esportiva, Beny Schmidt

Com todo respeito aos pesquisadores envolvidos e citados pela OMS, deixo minha opinião sobre essa notícia que, pra mim, tem caráter exclusivamente sensacionalista, bem ao estilo americano de ser. Eu me lembro, por exemplo, de que quando fui professor da Columbia, na década de 1980, os americanos proibiram a ingestão de ovo durante certo período e a população americana deixou de comer ovo.

Quanto à ingestão carne vermelha, quero dizer o que milhares de cientistas já publicaram: a carne vermelha foi fundamental para a evolução do cérebro do ser humano. Em especial, do córtex do encéfalo e da medula espinhal.

Quanto, ainda, à quantidade de gordura da carne de porco, isso é o que a torna tão saborosa, porque o que dá sabor à carne é, justamente, sua quantidade de gordura. E a quantidade a ser ingerida varia de pessoa para pessoa. Eu sempre brinquei, em sala de aula, que qualquer alimento pode ser prejudicial à saúde. Dizia: “Se você comer 12 quilos de bacon por dia, você morre ‘embaiconzado’”. Ainda bem que não existe uma quantidade razoável de gordura na carne humana, pois, do contrário, a espécie humana seria antropófaga.

Deixo uma mensagem: muito mais importante do que a carne vermelha, seria a OMS fazer trabalhos multicêntricos sobre a influência da depressão, da angústia e da tristeza que, hoje, existem no coração do ser humano. Esses sim são cofatores importantíssimos das neoplasias.

* Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético - a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo com a entrega da Medalha Anchieta e do Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, como agradecimento por todos os seus feitos em prol da saúde. Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por introduzir no Brasil o teste do pezinho.


Autor: Beny Schmidt
Fonte: Carol Martins | Agora Comunicação

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