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Diagnóstico precoce permite que o câncer de próstata tenha grandes chances de cura
 
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21/11/2016

Diagnóstico precoce permite que o câncer de próstata tenha grandes chances de cura

Exames urológicos de rotina ajudam a identificar a doença

Novamente o calendário muda de cor. É tempo de Novembro Azul, campanha criada para conscientizar o público masculino dos cuidados com a saúde, principalmente com o câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele.

O câncer da próstata é uma doença relativamente comum, mas ela possui grandes chances de cura se detectada no início. Além disso, esse tumor maligno raramente é muito agressivo e também não se espalha rapidamente. Por isso que a periodicidade de um ano para os exames de rotina é o suficiente para identificar o câncer no estágio inicial, ou seja, quando ele ainda não se dispersou pelo resto do corpo.

É extremamente importante que os homens façam exames de rotina, principalmente após os 40 anos de idade (quando se tem histórico familiar de câncer da próstata) ou a partir dos 45 anos (quando não se tem conhecimento de algum caso dessa doença na família). João Afif Abdo, médico fundador e responsável pelo Serviço de Urologia do Hospital Santa Cruz de São Paulo, explica que existem três principais doenças que podem comprometer a próstata: infecções, que podem acontecer em todas as idades, e o surgimento de tumores benignos e malignos, geralmente a partir dos 40 anos.

O tumor benigno, também chamado de hiperplasia benigna da próstata, leva ao aumento do tamanho da próstata. Dessa forma, o indivíduo começa a ter dificuldade para urinar, já que o canal urinário passa por dentro da próstata. Também, um jato de urina mais fino, idas frequentes ao banheiro, a ponto de acordar à noite várias vezes para urinar, e até mesmo a retenção total urinária são sinais que indicam que um tumor benigno pode estar atrapalhando o funcionamento correto das vias urinárias. “Há tratamentos que relaxam o canal da próstata, facilitando a micção e outros que bloqueiam o crescimento da próstata. Há também casos em que a doença evolui e pode existir a necessidade de tratamento cirúrgico”, explica o Dr. Afif.

“Já o tumor maligno, também chamado de câncer de próstata, geralmente é assintomático nas fases iniciais da doença. Quando provoca algum sintoma, já pode estar em um estágio bastante avançado ou até mesmo ter se espalhado para resto do corpo, produzindo as conhecidas metástases”, completa o urologista.

Quando o tumor é identificado em fase inicial, a cirurgia é o procedimento mais recomendado, já que o câncer está restrito somente à próstata. Também nesses casos iniciais, a radioterapia é outra opção de tratamento. Em situações em que não há mais indicação de cirurgia ou radioterapia porque o tumor já está em um estágio muito avançado, um dos tratamentos utilizados é o bloqueio hormonal. Ele é feito por meio da castração, que pode ser química ou cirúrgica.

“O que alimenta a próstata é a testosterona, o hormônio masculino. Se pararmos de alimentar esse órgão, que está cheio de células cancerosas, bloqueamos o avanço do tumor. Sabemos que 98% da testosterona são produzidas no testículo. Ao retirá-lo, a quantidade de hormônio é reduzida drasticamente. Porém, o método é muito agressivo para o homem e se equivale à retirada da mama para as mulheres. Para evitar essa mutilação, usamos, então, o bloqueio hormonal por meio da castração química, que é feita com injeções que impedem o testículo de produzir testosterona”, informa o médico urologista. Apenas quando a castração deixa de ser eficiente, é que indica-se a quimioterapia clássica, a mesma utilizada nos outros tipos de cânceres.

Porém, é importante lembrar que cada caso é diferente e somente um profissional especializado poderá eleger o tratamento mais adequado.

Exames para diagnóstico precoce

Mas antes de se chegar ao tratamento, é necessário fazer o diagnóstico correto. Além da conversa que o urologista tem com o paciente, há vários exames que auxiliam o médico a chegar a uma conclusão. Um deles é o PSA, sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico, uma substância produzida pela próstata e detectada por meio de um exame de sangue que permite ao médico suspeitar quando existe algum problema. Além disso, é muito importante o toque retal e outros exames como a ultrassonografia e a ressonância nuclear magnética, que mostram a presença de nódulos e o aumento de tamanho do órgão.

“Recentemente, um avanço da ressonância nuclear magnética, chamada de multiparamétrica, permite detectar se o tumor da próstata tem ou não possibilidade de ser maligno. Essa tecnologia dá ao urologista uma segurança para solicitar ou não uma biópsia da próstata, exame que traz a resposta final se o tumor é benigno ou maligno”, explica Dr. Afif.

O ideal é não descuidar da saúde e realizar todos os anos os exames de rotina. O urologista João Afif conclui: “não há como prevenir o câncer de próstata, mas há como identificá-lo em seu início e, assim, prevenir um problema maior”.

O Hospital Santa Cruz está totalmente aparelhado para cuidar do câncer de próstata, inclusive com o exame de Ressonância Magnética Multiparamétrica. A instituição conta com profissionais altamente capacitados tanto para o diagnóstico como para o tratamento clínico (bloqueio hormonal) ou cirúrgico. Também oferece a cirurgia laparoscópica, que é uma nova técnica menos invasiva.  


Autor: Débora Fiorini
Fonte: A4 & Holofote

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