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Câncer infantojuvenil é mais agressivo, mas tem maiores chances de cura
 
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22/03/2017

Câncer infantojuvenil é mais agressivo, mas tem maiores chances de cura

Doença tem origem em células embrionárias, que se multiplicam mais rapidamente, mas, ao mesmo tempo, respondem melhor ao tratamento

Poucas pessoas sabem, mas o câncer infantil é bem mais agressivo e invasivo quando comparado aos tipos de câncer dos adultos. Na maioria dos casos, os sintomas são difíceis de serem reconhecidos, provocando um atraso no diagnóstico do câncer na criança. Logo, quando é identificado, o tumor já está disseminado pelo corpo do pequeno. O lado positivo é que, pelo mesmo motivo em que o câncer infantil é mais agressivo, as chances de cura também são mais altas, afirma o Dr. Sidnei Epelman, Oncologista pediatra, Diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e Presidente da TUCCA – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer.

Essa característica do câncer infantil acontece porque as doenças na infância são de origem embrionária ou doenças linfoproliferativas, como Leucemia Linfoide Aguda (LLA), que se multiplicam mais rapidamente. Ao contrário do câncer em adultos, que muitas vezes é influenciado por fatores ambientais e atinge um órgão específico (mama, próstata, pâncreas, entre outros), o câncer infantil pode ocorrer em qualquer local do organismo e, quando é diagnosticado, muitas vezes, já se espalhou pelo corpo.

Por outro lado, a célula em constante multiplicação responde melhor à quimioterapia, já que seu índice de proliferação é maior. Isso resulta em outro fato pouco conhecido entre a população, de que o câncer infantil tem altas chances de cura. Atualmente, a taxa de cura do câncer infantil pode atingir até cerca de 80%, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Educação da comunidade, aumento de profissionais melhores treinados, inclusão de novos serviços de cura ao câncer, pesquisas relevantes no setor, rede de conexão entre hospitais regionais, colaboração internacional e acesso a um plano de saúde são fatores essenciais para alcançar um modelo de saúde qualificado, de acordo com o artigo “Paediatric cancer in low-income and middle-income countries”, publicado na renomada publicação da área de oncologia, The Lancet, co-escrito por Dr. Epelman.

Tipos de câncer infantojuvenil

O tumor que mais acomete crianças e adolescentes é a leucemia linfoide aguda, tipo que ataca os glóbulos brancos. Tumores do Sistema Nervoso Central e linfomas também são bastante comuns nessa faixa etária.

Outros tipos de câncer infantojuvenil são o retinoblastoma, que afeta a retina, o neuroblastoma, que ataca células do sistema nervoso periférico, e o tumor de Wilms, que afeta os rins. Além disso, há o tumor germinativo, que ataca as células que dão origem aos ovários ou testículos, o osteossarcoma, um tumor ósseo, e os sarcomas, que atacam partes moles como músculos, gordura e tendões.

No Hospital Santa Marcelina, já foram atendidos mais de 2900 crianças e adolescentes de todo o Brasil, em parceria com a TUCCA, desde 1998. Dos 286 casos de câncer diagnosticados na Oncopediatria do Hospital em 2016, o tipo mais comum foi o de leucemia linfoide aguda, representando 28,4%.

Na sequência aparecem o retinoblastoma, ocupando 13,7% dos casos, e os tumores do Sistema Nervoso Central, com 10,2%. O Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina é reconhecido como centro de referência para o tratamento de ambos os tipos de câncer infantil. Os linfomas representam 9% dos casos e, em números menores, os tumores renais, ósseos, sarcomas e neuroblastoma.

Sobre a TUCCA

A TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que oferece tratamento multidisciplinar de excelência a crianças e adolescentes carentes com câncer, sem custos ao paciente ou à família. Em 18 anos de atividade, já assistiu mais de 2.900 pacientes, atingindo taxas de cura próximas a 80%, índice 60% acima da média brasileira, igualado somente aos da Europa e dos Estados Unidos. Para otimizar recursos, a TUCCA mantém parceria com o Hospital Santa Marcelina e aplica os valores arrecadados direta e exclusivamente no tratamento, pesquisa, diagnóstico precoce e capacitação de profissionais. Também conta com uma equipe multidisciplinar que assiste o paciente e sua família durante todo o período do tratamento e até que fiquem completamente bem.

Sobre o Dr. Sidnei Epelman

O oncologista pediatra Sidnei Epelman é diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e coordena os grupos cooperativos para tratamento dos tumores cerebrais da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). É fundador e presidente da TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer e também ocupa a presidência, na América Latina, da Rede Internacional para Tratamento e Pesquisa do Câncer (INCTR, na sigla em inglês) atuando na coordenação de programas em Oncologia Pediátrica e Cuidados Paliativos no mundo e na gestão de pesquisas clínicas em oncologia.

Além de ter vários trabalhos premiados no Brasil e no exterior e participado de dezenas de congressos, encontros e simpósios, é professor de Pediatria do Curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina e editor do livro Oncologia no Adolescente lançado em 2015.


Autor: Redação
Fonte: A4&Holofote

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