.
 
 
Álcool compromete o cérebro mesmo sem causar embriaguez
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


18/04/2017

Álcool compromete o cérebro mesmo sem causar embriaguez

Pessoas que bebem com mais frequência têm menor autopercepção de como o álcool afeta sua capacidade cognitiva, o que as coloca em um risco maior de danos

Pessoas que bebem com frequência tendem a não sentir os efeitos do álcool, mesmo depois de algumas doses. No entanto, ainda é preciso ter cuidado. De acordo com estudo liderado pelo Sistema de Saúde para Veteranos do Exército de San Diego, nos Estados Unidos, embora não percebam, essas pessoas também enfrentam problemas cognitivos como redução da velocidade das habilidades motoras, memória de curto prazo e processamento complexo, o que pode ser grave.

Os maiores consumidores de álcool também demonstraram menor autopercepção de danos do que aqueles que costumam beber menos, o que pode resultar em comportamentos ainda mais arriscados quando bêbados. “Em geral, existe uma crença de que quem está acostumado a beber muito pode lidar com o álcool e que muitas tarefas diárias comuns não são afetadas pelo consumo”, disse Ty Brumback, autor do estudo e especialista em tratamento de vício, ao Daily Mail.

Testes

Um total de 105 pessoas foram testadas em suas habilidades cognitivas e de coordenação motora duas vezes em um intervalo de cinco anos. Um ‘bebedor experiente‘ foi definido como alguém que bebia em torno de 10 a 40 doses de bebida alcoólica por semana – pelo menos nos últimos dois anos anteriores ao teste. Os ‘bebedores leves’ eram aqueles que consumiam menos de seis doses por semana. Uma dose de álcool corresponde a uma taça de vinho ou uma dose de vodca ou uma lata de cerveja. Os participantes mantiveram esses hábitos ao longo dos cinco anos.

Os participantes tiveram suas cognição analisada em uma sequência de testes que avaliou as diversas habilidades. Antes do experimento, porém, os participantes consumiram uma dose de bebida para chegarem a uma determinada concentração de álcool na respiração.

Um teste chamado Grooved Pegboard, que consiste em inserir pinos em uma placa giratória em movimento, analisou sua destreza motora. Possíveis disfunções cognitivas e o processamento cerebral foram avaliados em um Teste de Substituição de Símbolos e Dígitos (DSST, na sigla em inglês), no qual os pesquisadores mostravam aos participantes símbolos que representavam números. Estes tinham 90 segundos para completar os símbolos nos locais correspondentes.

Resultados

Embora os “bebedores experientes” tenham apresentado menos erros no teste dos pinos, seu desempenho no Teste de Substituição foi semelhante ao dos que bebem casualmente. Porém, o detalhe mais perigoso é que os experientes apresentaram menores níveis de autopercepção. Isso significa que eles podem realizar algumas atividades que mostram um nível de embriaguez menor do que o real.

“Quando ele chega ao carro, destranca a porta e coloca o carro em marcha, ele pode não perceber deficiência nessas tarefas simples. No entanto, ao começar a dirigir, as demandas cognitivas e psicomotoras aumentam significativamente [e provavelmente ele não está apto para elas], mas a decisão de dirigir já foi feita com base nas tarefas simples anteriores”, explicou Brumback. 


Autor: Redação
Fonte: Veja

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581