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Santa Casa recria UTI em congresso de cardiologia
 
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16/08/2017

Santa Casa recria UTI em congresso de cardiologia

Hospital São Francisco leva para o Congresso da SOCERGS equipamento capaz de manter a oxigenação do corpo enquanto os órgãos se recuperam

O Hospital São Francisco (HSF), unidade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre especializada em cardiologia, tanto clínica quanto cirúrgica, irá levar para o Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do RS (SOCERGS) pela primeira vez a simulação de uma das tecnologias de ponta utilizada em suas UTIs: a Extracorporeal Membrane Oxygenation (ECMO). A ECMO é um sistema de oxigenação por membrana extracorpórea, que atua sobre a função do coração e ou dos pulmões, por meio da retirada de sangue para fora do corpo, oxigenando-o e fazendo-o circular de volta.

Apesar de parecer “simples”, o médico Fernando Lucchese, cirurgião cardiovascular e diretor Médico do HSF, destaca que esta tecnologia é o que há de mais moderno neste tipo de procedimento no mundo. “São cinco monitores que utilizamos para controlar todos os equipamentos que compõe o ECMO e acompanhar diversas condições vitais do paciente, simultaneamente. Com uma equipe bem preparada e experiente, como a que temos no HSF, precisamos de, aproximadamente, meia hora para instalar tudo e iniciar a oxigenação do paciente”, explica.

Capaz de dar suporte à manutenção da vida por um longo período, a ECMO é considerada uma terapia de suporte, pois não corrige os órgãos gravemente doentes (coração/pulmão), mas fornece um tempo inestimável para que estes se recuperem. Dessa maneira, é possível viabilizar um tratamento menos agressivo e invasivo, beneficiando a ação dos medicamentos no corpo. O tempo de uso da ECMO pode variar de paciente para paciente, dependendo da extensão do dano, assim como da capacidade de recuperação do mesmo. Alguns podem precisar do suporte por alguns dias, enquanto outros podem ser tratados por várias semanas.

O principal uso da ECMO se dá na intervenção da insuficiência respiratória aguda e da falência cardíaca. Exemplo disso é o caso do empresário gaúcho Valdecir Santos que, em 2016, foi acometido por um problema de coração e precisou ser submetido ao suporte da ECMO por quatro dias. “Tudo que eu me lembro deste período é o que a minha mulher conta. Eu permaneci mais de dois meses internado no HSF, boa parte deste tempo sedado pelos medicamentos. No entanto, hoje eu posso dizer que a minha recuperação foi fantástica. Considerando a complexidade dos problemas que tive, os cuidados que ainda hoje eu preciso manter são mínimos”, relata. Em determinadas situações, a ECMO também é usada para outras intervenções, tais como o transplante de órgãos.

Poucas são as instituições no Brasil que contam com esta tecnologia, principalmente por conta do custo elevado e da não disponibilidade de profissionais qualificados a operar a ECMO. O Hospital São Francisco é referência no Rio Grande do Sul neste tipo de caso, com um potencial de atender até 60 casos em um único ano, considerando as necessidades de todo o complexo da Santa Casa. Em todo mundo, até janeiro deste ano, segundo a Extracorporeal Life Support Organization (ELSO), 86 mil pacientes já haviam recebido suporte por meio de ECMO. Destes pacientes, 45% eram neonatos, 31% eram adultos e 24% eram crianças maiores. O Congresso da SOCERGS ocorre entre os dias 17 e 19 de agosto, no hotel Wish Serrano, no Centro da cidade de Gramado/RS. 


Autor: Tiago Vasques
Fonte: CDN

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