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08/02/2018

Dia Mundial do Câncer

Estimativa de 600 mil novos casos de câncer no Brasil alerta para a importância de práticas saudáveis

As estimativas de incidência de câncer no Brasil são alarmantes. Dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 600 mil casos novos em 2018. Por isso, o Dia Mundial do Câncer, lembrado no último dia 4 de fevereiro, tem um papel cada vez mais relevante.

Este ano, o tema global da União Internacional para Controle do Câncer (UICC) é “Nós podemos, eu posso". Segundo o órgão internacional, 8,8 milhões de pessoas morrem no mundo devido à doença. Dados como estes tornam ainda mais importante o alerta para a prevenção, como a prática de atividade física, manter uma dieta equilibrada, não consumir álcool e não fumar, reduzindo o risco de surgimento de câncer.

Com o aumento da conscientização e educação sobre o tema, é importante que cada indivíduo possa agir contra a doença. Porém, a adoção de hábitos saudáveis também é importante em casos diagnosticados, para que o paciente possa ressignificar seus hábitos durante o tratamento e levá-los para sua rotina. Além disso, o apoio de uma equipe multidisciplinar em conjunto com procedimentos eficazes é extremamente benéfico.

A nutricionista Etielle Sonaglio alerta que a alimentação pode ser uma das chaves para a prevenção do câncer. “Não se reconhece cientificamente nenhum alimento que isoladamente possua um efeito protetor tão superior aos demais. Por isso, cabe ao nutricionista oferecer subsídios para a escolha de uma alimentação variada, de boas fontes, colorida, que traga além de nutrientes, prazer à mesa, e ainda a consciência de cuidados com saúde em qualquer etapa da vida. A saúde acontece na cozinha”, diz Etielle.

A atuação do psicólogo na assistência ao paciente oncológico, por exemplo, dá o suporte emocional ao longo de todas as etapas deste processo. “Desta forma, as transformações impostas pela doença se tornam mais adaptáveis ao contexto. A Psicologia auxilia no enfrentamento, na busca pela qualidade de vida e na aquisição de novas habilidades emocionais”, ressaltam as psicólogas Karine Viana Maciel e Júlia Schneider Hermel, do Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento.

A qualidade de vida vai além da sensação de bem-estar, envolve o estado de saúde, tendo relação direta com a resposta ao tratamento. Um indivíduo que pratica atividade física regular e mantém hábitos de vida saudáveis, responderá ao tratamento de maneira mais satisfatória, além do fato de atenuar os efeitos colaterais. “Isso ocorre em virtude do aumento da força muscular e capacidade funcional, controlando o peso e reduzindo a fadiga, tendo impacto direto também na redução dos níveis de estresse e aumento da defesa imunológica. É fundamental que o paciente tenha condições clínicas para realizar a atividade, que deve ser elaborada pelo profissional de modo seguro, personalizado e agradável”, ressalta o coordenador assistencial do Serviço de Fisioterapia, Leonardo Garcia.

Pesquisa

O Hospital Moinhos de Vento em parceria com os cursos de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), iniciou um projeto pioneiro no Brasil. A pesquisa envolve exercícios de força e aeróbico em pacientes durante o tratamento de quimioterapia. Supervisionados e prescritos de forma sistemática por profissionais de Educação Física capacitados, a prática tem se demonstrado efetiva para atenuar os prejuízos promovidos pela quimioterapia e, por conta disso, melhora a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama.

O estudo, que iniciou em dezembro de 2017, está sendo feito com 15 pacientes que realizaram cirurgia para câncer de mama e que estão em tratamento quimioterápico adjuvante no Hospital Moinhos de Vento. A previsão é incluir cerca de 80 pacientes até o final do ano. Até o momento já foi possível perceber a melhora no bem-estar e disposição das participantes.

“No que diz respeito ao atendimento multiprofissional para essas mulheres, o trabalho desenvolvido por profissionais de Educação Física parece ter um papel relevante. Os efeitos adversos da quimioterapia, como a redução na capacidade cardiorrespiratória, na força muscular e na massa magra, assim como o aumento no percentual de gordura corporal decorrentes da doença, prejudicam a qualidade de vida e podem ser minimizados com a realização de exercícios físicos específicos associados aos treinamentos de força e aeróbico”, destaca a coordenadora do estudo e oncologista do Hospital Moinhos de Vento, Alessandra Morelle.

Segundo a especialista, a realização de exames regularmente é fundamental, pois a detecção precoce pode salvar vidas. Porém, terapias complementares ajudam na recuperação. “Torna-se imprescindível o trabalho em equipe, realizado por profissionais de educação física, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos para a adequação das rotinas de treinamento, tornando o exercício físico uma intervenção poderosa e, sobretudo, segura durante o tratamento destas pacientes”, conclui.

Os resultados serão conhecidos no início do próximo ano. O projeto integra o trabalho de mestrado do aluno Pedro Lopez, da Escola de Educação Física da UFRGS, orientado pelos professores Ronei Silveira Pinto (UFRGS), Stephanie Santana Pinto (UFPEL) e Daniel Umpierre (UFRGS). 


Autor: Andressa Dorneles
Fonte: Critério

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