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Saiba como identificar a síndrome do pânico
 
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18/05/2019

Saiba como identificar a síndrome do pânico

Entenda mais sobre o problema que está cada vez mais frequente na população

Lidar com a ansiedade está cada vez mais comum nos indivíduos, o que tem causado um prejuízo na qualidade de vida levando as pessoas a desenvolverem outros problemas relacionados a isso. A síndrome do pânico é uma dessas possíveis consequências. Um tipo de transtorno de ansiedade, que causa crises inesperadas de desespero. Essas pessoas desencadeiam um medo agudo recorrente mesmo que não haja motivo aparente, além de apresentarem uma preocupação persistente com a possibilidade de novos ataques, o que acaba dificultando a rotina.

A ansiedade é um processo natural e fisiológico, que já vem de nossos antepassados, ou seja, é algo que nos acompanha desde o início da vida. Segundo o psiquiatra do Hospital São Lucas da PUCRS, Gustavo Azpiroz podemos pensar que a ansiedade, muitas vezes não deve ser levada como algo muito ruim. “A ansiedade de certo modo pode ter um papel protetor e vem desde nossos antepassados, que, por medo, usavam este mecanismo de defesa por fobia de algo causar dano à vida. Então, fomos herdando essa característica. Por mais que nosso cérebro tenha evoluído com o passar dos anos, o mais íntimo permaneceu e os medos foram se adaptando”, conclui. 

Transtornos de ansiedade existentes 

· Transtorno de ansiedade generalizada; 

· Transtorno de ansiedade de separação; 

· Mutismo Seletivo; 

· Ágorafobia; 

· Transtorno de ansiedade social; 

· Transtorno do pânico; 

· Fobias especificas. 

De acordo com o especialista, estes são os transtornos de ansiedade e por mais que tenham suas próprias características diagnósticas, é muito comum a coexistência de mais de um deles. Antigamente, eles eram associados ao transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ao transtorno do stress pós-traumático, porém, hoje em dia, por uma questão de categorização, ganharam suas próprias definições e características fenomenológicas. 

Sintomas 

Pessoas que sofrem do Transtorno de Pânico passam por crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de novos ataques. Sensações de aumento da ansiedade muito rápida com um grau de sofrimento significativo podem atingir um seu pico de mal-estar, causando inclusive sintomas físicos: 

- Palpitações;

- Sudorese;

- Tremores;

- Sensações de falta de ar;

- Sensações de asfixia;

- Dor no peito;

- Náusea ou desconforto abdominal;

- Sensação de tontura;

- Calafrios ou ondas de calor;

- Sensações de formigamento;

- Medo de perder o controle ou “enlouquecer”;

- Medo de morrer. 

Tratamento 

Os tratamentos são basicamente com psicoterapia e medicação. Dentre os tipos de psicoterapia, o mais indicado é a terapia cognitivo comportamental, que consiste em sessões estruturadas, com um tratamento que consiste em cerca de 12 sessões, além de apresentar melhora significativa na grande maioria dos casos. O resultado do tratamento varia entre pessoas. Em alguns casos, a resposta já aparece em poucas semanas, enquanto outros podem precisar de mais tempo. Um dos determinantes dessa resposta é a presença ou não de outros transtornos mentais associados, como depressão, uso de substâncias, ou até mesmo outro transtorno de ansiedade.

Recomenda-se também um trabalho multidisciplinar para tornar o processo mais eficaz, psicólogos e médicos psiquiatras costumam atuar em conjunto, associando uma combinação entre psicoterapia e medicação. 

Agorafobia 

A "Agorofobia" é o medo de estar em grandes espaços com muito público. Em média, uma em cada três pessoas com transtorno de pânico desenvolve agorafobia. Normalmente, os afetados evitam lugares públicos onde a saída imediata pode ser mais difícil, como shoppings, shows, transportes públicos, estádios de futebol, etc. Segundo o especialista, nesses casos, o tratamento exige do paciente a exposição sistemática e em níveis hierárquicos de dificuldade para se superar o transtorno. O objetivo nesses casos, assim como em outros transtornos mentais, é a dessensibilização, através do processo de habituação, dentro do qual em um primeiro momento pode ser necessária a presença de um acompanhante fóbico, que trazem mais segurança para quem possui agorafobia nesses ambientes, expondo o paciente aos poucos a graus maiores de ansiedade e dificuldade, permitindo o aprendizado cognitivo e uma nova experiência de convívio com a ansiedade.

Para alguns, viajar para muito além da sua “zona se segurança” pode ser pensado como impossível, pois sair de sua rota ou do território fixo traz ansiedade severa, e nisso consiste o trabalho do psicoterapeuta nesses casos para, através de evidências, construir junto com o paciente uma nova “rota”de enfrentamento, conferindo a ele autoeficácia. 


Autor: Giulianna Belmonte
Fonte: Hospital São Lucas Da PUCRS
Autor da Foto: Divulgação

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