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Alerta: 4ª onda da Covid-19 mobiliza população mundial
 
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02/12/2021

Alerta: 4ª onda da Covid-19 mobiliza população mundial

Artigo de Adelino Melo, médico infectologista e Diretor Técnico Científico no Hospital Felício Rocho

O mundo está novamente em alerta. Uma nova onda de proliferação do Coronavírus já chama a atenção da Europa, onde houve, nos últimos dias, mais de 440 mil novos casos confirmados num período de 24 horas. As autoridades europeias já consideram novamente a possibilidade de fechar os aeroportos, decretar toque de recolher e de fechar restaurantes e locais públicos.

A realidade do continente europeu evidentemente preocupa outras nações, sobretudo porque essa nova onda tem indícios de que será a pior desde o início da pandemia. No Brasil, as atenções são ainda maiores, porque a iminente chegada do verão representa uma concentração maior de pessoas nos pontos turísticos e em meio aos festejos tradicionais dessa época do ano.

Precisamos lembrar que a tentativa contínua de retomar a vida cotidiana tem feito aquecer o mercado do turismo, impulsionado pela demanda reprimida nos últimos 20 meses. Na estação do calor, as empresas do setor estão reacendendo a esperança de lucrar com as viagens da alta temporada e com o carnaval, previsto para o fim de fevereiro. Embora já haja um recuo de muitos municípios sobre os investimentos em favor dos blocos carnavalescos, parece ser inevitável que pelo menos as praias fiquem lotadas ao longo de dezembro e janeiro.

Hoje são cerca de 130 milhões de brasileiros vacinados com a segunda dose ou com a dose única contra a Covid-19, algo próximo de 80% da população. Mas esses números não soam como atenuantes, uma vez que a vacinação não é um impeditivo para que a doença se prolifere, mas “apenas” reduz consideravelmente o agravamento dos quadros, diminuindo o número de mortes.

Por essa razão, um acompanhamento mais rigoroso sobre a 4ª onda europeia é de fato essencial, particularmente porque 59% de todos os casos de Covid-19 no planeta e 48% dos óbitos registrados em todo o mundo têm origem no continente europeu e na Ásia Central, segundo levantamento da Fiocruz. Algumas viagens transatlânticas com desembarque no Brasil sem a vacinação em dia seriam suficientes para intensificar os casos por todo o país.

Desde que não se concretize o temor dos órgãos sanitários de que uma nova cepa tão avassaladora quanto a Gama surja neste momento, há uma expectativa positiva de que o Brasil consiga enfrentar uma eventual nova onda com maior preparo. Mas isso dependerá substancialmente do comportamento da população no próximo período de férias e, claro, das medidas que os órgãos governamentais irão tomar desta vez.

Com um controle rígido, ainda que indigesto, dos poderes executivos, é possível considerar um cenário bem mais ameno do que a catástrofe que se desenha na Europa. Desta vez, o país tem a grande chance de se antever ao problema e, diferentemente de antes, dar bons exemplos de enfrentamento à doença. Podemos transmitir ao mundo uma imagem bem diferente do que fizemos antes do início da vacinação.

O autor é Dr. Adelino Melo Freire Jr., médico infectologista e Diretor Técnico Científico no Hospital Felício Rocho - adelino.melo@feliciorocho.org.br


Autor: O autor
Fonte: Atendimento - Naves Coelho Comuicação
Autor da Foto: Dr Adelino Melo Freire Jr. Divulgação

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