A Fecomércio-RS divulgou  a primeira rodada da Sondagem do Segmento de minimercados de 2023. A pesquisa entrevistou 385 estabelecimentos do segmento, todos optantes do Simples Nacional, entre os dias 21 de março e 14 de abril, identificando além do perfil, aspectos ligados às finanças, à gestão, além da avaliação do momento conjuntural e as expectativas futuras. 

Entre os pesquisados, 50,6% tinha 5 anos de funcionamento ou mais, 43,9% ocupavam até 5 pessoas e 93,0% possuía apenas um estabelecimento. A pesquisa mostrou que 62,3% dos entrevistados destacaram que alugam o espaço em que realizam as operações. É possível também verificar qual a predominância de produtos nesses locais. Entre os produtos oferecidos, destaque para frios e laticínios (79,5% dos estabelecimentos), hortifrutigranjeiros (76,9%), açougue (63,4% e padaria (60,8%). 

No que diz respeito às finanças do negócio, 72,7% dos entrevistados afirmaram que as finanças da empresa e dos sócios não se misturam, mas em 17,9% não há separação e 9,4% dos entrevistados não souberam informar. A falta de independência ente as finanças do negócio e do proprietário é um problema que impede a leitura da real situação econômico-financeira da empresa. Ainda que a maioria (61,8%) dos entrevistados realize uma análise financeira em período adequado (semanalmente ou mensalmente), em 28,8% dos casos isso não acontece, e 9,4% nem souberam responder. Já entre os que realizam análise financeira, 73,4% elaboram estratégias de atuação a partir das análises, porém nos demais casos a análise das finanças não gera intervenções no andamento do negócio. 

Quanto aos produtos ofertados, 68,3% dos entrevistados afirmam realizar uma busca constante por atualização e renovação de produtos. A principal forma citada para esta renovação, (67,3%) é a partir da requisição de clientes. A segunda forma mais citada foi a análise de mercado (50,9%) e em terceiro a percepção de donos e funcionários (38,4%). 

No que se refere a vendas, 60,0% afirmaram que fazem o acompanhamento das vendas continuamente, 27% de forma esporádica, mas em 13,0% dos casos não existe o acompanhamento das vendas, analisando a performance dos produtos. Para a maioria dos entrevistados (75,8%), a medida de impulso das vendas se dá pela divulgação via Facebook/Instagram. Quando perguntados sobre o os diferenciais que o negócio apresenta, o mais citado foi o atendimento (64,9%). A pesquisa ainda traz informações a respeito do endividamento, de melhorias de infraestrutura, entre outros. 

Quanto ao desempenho das vendas nos últimos 6 meses, para 75,8% dos entrevistados os resultados foram, no mínimo, bons. Os entrevistados ainda foram questionados sobre se as vendas atingiram suas expectativas. Em 73,5% se relatou ter sido atingido o objetivo, e em 9,1% a expectativa foi superada. Já para 17,4% houve uma certa frustração com as vendas. Por fim, as expectativas são de melhora das vendas para 55,3% dos entrevistados e de que se mantenham estáveis em 37,9% dos casos. A piora é esperada apenas por 6,7% dos entrevistados. "Um empresário otimista é um bom sinal. Tomara que a realidade venha a confirmar as boas expectativas, apesar do cenário ainda bastante com que vivemos", completou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. 

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