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Desafio é garantir a qualidade da água, avalia diretor da ANA
 
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22/03/2010

Desafio é garantir a qualidade da água, avalia diretor da ANA

Varella calcula que sejam necessários cerca de R$ 20 bilhões para investir na proteção dos mananciais que abastecem os centros urbanos

Mais de 17 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. Apesar do déficit, o principal desafio do país é a qualidade e não a quantidade, avalia o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Varella, no Dia Mundial da Água, comemorado hoje (22) pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A questão da quantidade tem sido mais bem enfrentada. Mesmo no Semiárido, hoje os problemas estão sendo resolvidos, com grandes canais, grandes açudes. No Sul e Sudeste, a questão da qualidade sempre apareceu como o grande problema e no Nordeste começa a preocupar. Os açudes começam a eutrofizar [quando plantas aquáticas crescem excessivamente, comprometendo o uso da água] um pouco mais, começam a ter problemas”, aponta.

Levantamento da agência realizado em mais de 2 mil pontos de monitoramento em 17 unidades da Federação revela resultado ótimo em apenas 9% dos pontos. Cerca de 70% têm Índice de Qualidade da Água (IQA) considerado bom; 14%, razoável; 5%, ruim; e 2%, péssimo.

O IQA considera níveis de coliformes fecais, temperatura, resíduos e outros aspectos. “Junto das grandes metrópoles, onde há gente demais, mesmo onde tem água, a situação fica complicada. É preciso ter investimentos e uma gestão muito adequada ”, avalia o diretor.

Entre as áreas críticas estão a Bacia do Alto Tietê (SP), o Rio São Francisco e o Rio das Velhas (MG) e as bacias dos rios Jaguaribe, Cuiá, Cabocó, Mussure (PB).

Além do IQA, o monitoramento da agência mede a qualidade de água pelo Índice de Estado Trófico (IET) e pela estimativa da capacidade de assimilação das cargas de esgotos.

O diretor da ANA calcula que sejam necessários cerca de R$ 20 bilhões para investir na proteção dos mananciais que abastecem os centros urbanos.

“É um esforço possível de ser atingido até num prazo de tempo relativamente curto. Não é a ANA que vai fazer isso, repassamos as informações aos executores. Mas acredito que o país hoje tenha condições de enfrentar cifras dessa natureza. E muito disso já está sendo executado.”

Para o diretor da agência, a gestão de águas no Brasil – que tem 12% do potencial hídrico do planeta – deveria ter metas e prazos mais claros para acelerar a melhoria no acesso e a conservação dos mananciais.

“É preciso ter metas institucionais: em x anos, é preciso que todos os estados tenham seus conselhos [para a gestão dos recursos hídricos] ou em tantos anos temos que chegar a determinado percentual de abastecimento. A lei não precisa ser mudada para isso. O que é necessário é um grande pacto federativo.”

Varella também defende mais mobilização da sociedade em favor da conservação e do uso consciente da água. “Os grandes gerentes da água somos nós mesmos. Se todos nos colocarmos como espectadores, não há lei, não há gestão que resolva. Temos que nos transformar em atores e agir no dia a dia, com mais economia na hora de tomar banho, de lavar o carro”, sugere.

 


Autor: Luana Lourenço
Fonte: Agência Brasil

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