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Teste simples pode detectar sinais de ideação suicida em pessoas que tomam antidepressivos
 
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20/04/2010

Teste simples pode detectar sinais de ideação suicida em pessoas que tomam antidepressivos

Investigadores dizem que as mudanças na função cerebral nas primeiras 48 horas são fundamentais

Embora medicações antidepressivas sejam benéficas no sentido de ajudar as pessoas a superar a depressão maior, há muito se sabe que um pequeno grupo de indivíduos que tomam essas substâncias podem realmente experimentar uma piora do humor, e até mesmo pensamentos suicidas. Atualmente, não existe algum teste clínico que realize essa determinação, e só o tempo - geralmente semanas - pode dizer se um paciente está melhorando ou piorando.

Agora, os investigadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) desenvolveram um biomarcador não-invasivo, ou indicador, que pode servir como um tipo de sistema de alerta precoce.

Em estudo, publicado na edição de abril do jornal Acta Psychiatrica Scandinavica, Aimee Hunter - uma psicóloga assistente de pesquisa no Departamento de Psiquiatria da UCLA - e colegas usaram o eletroencefalograma quantitativo (QEEG), uma forma de medição não invasiva da atividade elétrica no cérebro, e foram capazes de observar uma redução acentuada da atividade em uma região específica do cérebro em pessoas sensíveis aos pensamentos suicidas no prazo de 48 horas após o início do tratamento.

Segundo Hunter, na pesquisa, entre 8 e 14% dos pacientes deprimidos desenvolveram pensamentos suicidas usando as medicações mais comuns para a depressão, conhecidas como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). Embora outros estudos sugerissem que os ISRSs são os culpados, não há uma ligação sólida estabelecida entre essas medicações e os pensamentos suicidas.

Esse estudo sugere, pela primeira vez, uma ligação entre os pensamentos suicidas e as alterações específicas no funcionamento do cérebro com o uso desses medicamentos.

Os pesquisadores trataram 72 pessoas que apresentavam transtorno depressivo maior com dois antidepressivos mais comumente usados, a fluoxetina ou venlafaxina, ou com placebo. Todos foram avaliados por um clínico com a Escala de Depressão de Hamilton, um instrumento padrão que avalia a gravidade de uma vasta gama de sintomas de depressão. Dos 37 participantes que usaram uma das medicações, cinco (13,5%) apresentaram piora nos pensamentos suicidas.

Todos os participantes também foram examinados usando QEEG, que avalia a função cerebral com base na atividade elétrica do cérebro. Nos 13,5% dos participantes que pioraram, os pesquisadores descobriram uma forte queda na atividade do cérebro dentro de 48 horas após o início da medicação. A queda ocorreu nas secções da linha média frontal e direita do cérebro, áreas reconhecidas por controlarem as emoções.

Ademais, em oito dos 35 participantes que tomaram placebo (22,9%), os pensamentos suicidas também aumentaram. Contudo, os participantes que tomaram placebo não mostraram queda vertiginosa na atividade do cérebro nas primeiras 48 horas.

"Esse é o primeiro estudo a mostrar uma mudança na função do cérebro após o início da medicação, que parece estar associada ao desenvolvimento posterior do agravamento de pensamentos suicidas durante o tratamento com antidepressivos", disse Hunter. "É importante frisar que as mudanças nesse biomarcador não previram piora de pensamentos suicidas nos pacientes tratados com placebo, portanto, os resultados sugerem que os biomarcadores detectados foram específicos as medicações".

QEEG é um instrumento relativamente barato que é não-invasivo, as medições são obtidos através da colocação de eletrodos no couro cabeludo. Como resultado, disse Hunter, um novo desenvolvimento desse biomarcador pode potencialmente levar a uma ferramenta que pode ser usada por médicos para prever, nos estágios iniciais de tratamento, se uma pessoa que sofre de depressão irá desenvolver pensamentos suicidas.
 

Tradução: Equipe SIS.Saúde

 


Autor: Redação
Fonte: EurekaAlert. Disponível em: http://www.eurekalert.org

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