A solidariedade levou centenas de voluntários a se mobilizarem ontem em Santa Cruz do Sul para tentar ajudar Mariana Cuervo Eidt, 27 anos. Desde que ela precisou ser internada em razão de uma leucemia linfoide aguda, em 25 de agosto, o marido, Thiago Eidt, organiza uma campanha para tentar encontrar um doador compatível de medula óssea.

O registro de novos possíveis doadores e a coleta de amostras de sangue foram realizados por uma equipe do Hemocentro de Santa Maria, que se deslocou para o município do Vale do Rio Pardo. Técnicos de enfermagem voluntários também ajudaram na coleta, que ocorreu durante todo o dia.

Em cerca de uma hora, mais de 500 senhas já haviam sido distribuídas.

– Estamos muito contentes. A campanha está dando certo, as pessoas vieram mesmo – comemorou Eidt.

Para a professora de ioga Martina Krause, 52 anos, a oportunidade de ajudar foi o que a motivou a ir até o local da coleta, uma empresa da cidade.

– Acho importante se colocar à disposição para ajudar quem precisa. É uma campanha para o Brasil todo, pois abre um leque para mais pessoas que precisam de doadores – afirmou.

Durante todo o dia, 900 senhas foram entregues. Quem não conseguiu fazer a coleta pôde realizar um cadastro.

– Vamos fazer nova coleta de sangue em uma data que ainda não foi definida. As pessoas que vieram hoje (ontem) vão ficar cadastradas e serão chamadas para a próxima, não perderam tempo – explicou Eidt.

Mariana descobriu que estava com leucemia em 2009. Depois de oito meses de tratamento, a doença regrediu. Contudo, teve de ser internada dois dias antes de completar um ano longe do hospital. A chance de encontrar um doador compatível no país é de uma em 100 mil. Se em três meses ela não encontrar um doador, terá de se submeter a um transplante alogênico – com só 1% de chance de cura.

Nos dias 9 e 16 de agosto, ônibus sairão do município levando voluntários para realizar coletas na Capital. Uma nova mobilização será realizada ainda este mês em Cachoeira do Sul.