Ampliar o número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), construir duas Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), implantar o sistema de informatização na rede de saúde e aumentar o número de leitos na Capital são algumas das metas previstas para 2011 pelo secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli. O anúncio foi feito hoje pela manhã, 31, na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Segundo Casartelli, após a aprovação da criação do Instituto Municipal de Estratégia da Família (Imesf), que é uma fundação pública, será possível expandir o número de equipes de Saúde da Família e buscar melhorias no atendimento primário à população mais carente. Hoje Porto Alegre tem uma cobertura de 25%, com 107 equipes de Saúde da Família. A ideia é chegar ao final de 2011 com 173. O secretário esclarece que os servidores serão contratados por concurso público, o que vai permitir trabalho de gestão sobre essas equipes.

Casartelli destacou ainda que o modelo é o mesmo preconizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para regular as relações profissionais. O respaldo do MPT reforça o compromisso da prefeitura de respeito à lei e aperfeiçoamento permanente do serviço prestado à população, ainda mais na sensível área da saúde pública.

Superlotação - Outra medida que deverá aliviar a superlotação é a construção de no mínimo duas UPAs até o final de 2011. "Queremos neste ano ter mais duas obras começando; e outras duas em 2012. Cada UPa, pelos critérios, deve atender em torno de 300 mil pessoas, assim teríamos toda a população da Capital coberta pelas unidades. Vamos construir uma nova UPA na zona Norte, uma na zona Sul, uma na Azenha/Partenon e uma na região do Navegantes", falou.

Casartelli ressaltou que a situação da área de saúde deve melhorar. "Só nas equipes de Saúde da Família vamos aumentar cerca de 70%. Com as UPAs, com o Luterano, o Independência e com a conversão do Hospital Espírita, teremos um melhor atendimento. Acredito realmente que 2011 será um ano de melhorias", enfatizou o secretário.

Para amenizar a superlotação das emergências hospitalares, além da ampliação do atendimento nos postos de saúde, a SMS deverá criar em torno de mais 200 leitos. O Hospital Independência, que não atendia 100% SUS, passará a atender. O hospital Luterano também passará a ser 100% SUS. Outra alternativa, é de que no próximo ano seja feita uma modificação no Hospital Espírita. Hoje é uma instituição especializada, e existe a possiblidade de que passe a ser um hospital geral. A capacidade desta instituição terá chances de passar para 700 leitos. "A prefeitura já está negociando com o hospital e com o Ministério da Saúde para isso. Somando isso aos 200 do Luterano e do Independência, temos um ganho de 900 leitos. Pretendemos que até 2012 estes leitos já estejam à disposição da população, resume Casartelli.