Na última segunda-feira (21), os representantes do setor da saúde do Estado do Rio Grande do Sul reuniram-se novamente na sede do SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre), para a discussão dos avanços obtidos pelo grupo de trabalho em relação à resolução n° 03 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que veta a publicação no Brasíndice do PMC (Preço Máximo ao Consumidor) de medicamentos de uso restrito a hospitais e clínicas, com evidentes prejuízos a hospitais e clínicas.

Essa foi a quinta reunião de trabalho do grupo, que, nas palavras do Presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio Allgayer, “demonstram um empenho efetivo da Federação dos Hospitais, do SINDIHOSPA e dos demais sindicatos patronais da saúde no sentido de auxiliar seus associados e afiliados nas ações em relação à resolução do CMED”. Allgayer destaca ainda que demais estados brasileiros têm contatado, diariamente, à FEHOSUL em busca de maiores informações sobre o tema.

Para o Presidente da FEHOSUL, já é possível que sejam avaliados alguns impactos positivos das ações desdobradas pelo grupo de trabalho desde as reuniões iniciais. Cita, por exemplo, as respostas do IPE Saúde, plano GEAP e Unimed Porto Alegre, que deferiram o pedido da FEHOSUL de manterem vigente o Brasíndice eletrônico nº 696.

Na reunião, esteve presente ainda o deputado estadual Pedro Wesphalen, que reafirmou o apoio integral às ações do grupo de trabalho. Wesphalen comenta que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul já está ciente dos impactos da resolução n° 03 do CMED, e que sua presença nessa quinta reunião simboliza o apoio permanente dos políticos vinculados à área da saúde à polêmica questão do Brasíndice.

O assessor jurídico da Confederação Nacional de Saúde (CNS), advogado Alexandre Zanetti, atualizou os presentes em relação às negociações e experiências trocadas com as demais entidades representativas, como a Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP) e FBH. Para Zanetti, as ações que estão sendo promovidas pelas entidades da saúde em resposta à resolução devem prosseguir, sendo que a ação judicial, deverá receber a manifestação do Judiciário nos próximos dias, estando também prevista uma reunião convocada pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com todos os atores envolvidos, para ser realizado na primeira quinzena de janeiro próximo.

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