A Comissão Estadual de Residência Médica reuniu-se com a diretoria do Hospital Presidente Vargas, na manhã de hoje (7/5), para cobrar providências diante da falta de anestesistas e subutilização do Bloco Cirúrgico, problemas que afetam a formação dos residentes em Ginecologia & Obstetrícia e prejudicam o atendimento aos usuários do SUS. No dia 28 de maio, às 8h, um novo encontro entre as partes verificará as soluções implementadas. Caso não tenham ocorrido avanços no período, o programa de especialização será colocado sob diligência da Comissão Nacional (CNRM), com risco de descredenciamento. Participaram da vistoria da Cerem-RS o diretor do SIMERS, Luiz Felipe Araujo, e, representando o grupo de pós-graduandos, o R2 Marcelo Lucho.

“A prefeitura já autorizou a contratação emergencial de dois anestesistas, o que deve ocorrer dentro de duas semanas, e no dia 14 prevemos a liberação de mais uma sala do BC para operações, graças à conclusão das reformas na Central de Materiais Esterilizados”, assegurou a diretora-geral do HPV, Maria Isabel Bittencourt. Estas são as medidas mais imediatas para que os residentes retomem o ritmo necessário de prática cirúrgica. De janeiro a abril, segundo cálculos da diretora-geral, houve queda de 25% nas operações da área de G&O, em comparação com o ano anterior.

“Se voltarmos aqui, e os médicos relatarem nada ter sido feito, a reunião vai durar cinco minutos”, afirmou o representante da Cerem-RS, Luiz Felipe Cunha Mattos. “Enviaremos o pedido de diligência para que a CNRM faça o gestor municipal abrir os cofres, ou o hospital poderá sofrer redução no número de vagas e até mesmo o descredenciamento do programa”. O representante da Comissão Regional de Residência Médica (Coreme) no HPV, Luiz Alberto Gonçalves, estudará maneiras de recuperar as horas de prática cirúrgica perdida nos últimos meses.