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Após enfarte, 20% das pessoas ainda fumam

Pesquisa realizada com 610 pessoas que já sofreram enfarte revela que 15% não fazem nenhum acompanhamento médico para evitar que o problema volte a ocorrer - e, se isso acontecer, 57% não sabem reconhecer os sintomas. O levantamento aponta que 20% dos pacientes continuam fumando após a alta. Para especialistas, os dados mostram a necessidade de um programa de atendimento contínuo a pacientes cardíacos.

A pesquisa foi feita em seis capitais brasileiras pelo Instituto Datafolha em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Entre os principais fatores apontados para a não realização de consultas médicas periódicas após o enfarte, 36% afirmaram ter dificuldade para marcar consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) e 30% afirmaram não precisar de acompanhamento por estarem curados.

?Não existe essa história de estar curado?, afirma o presidente da SBC, Jorge Ilha. Se não houver tratamento após a fase aguda, diz ele, é grande a possibilidade de o paciente sofrer um novo enfarte dentro de um ano.

?A SBC tem se reunido com o Ministério da Saúde para alertar sobre a importância desse acompanhamento após o enfarte. Hoje o paciente vai para o hospital e, de repente, recebe um ?até logo?. É jogado na rua?, diz. Para Ilha, esse é um dos fatores que explica o alto índice de morte por enfarte - cerca de 16%. Nos centros de excelência, assim como nos países desenvolvidos, esse número é menor que 6%.


Autor: Redação
Fonte: Estado de S. Paulo

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