Imprimir
 

Especialistas enfatizam papel fundamental dos pais enquanto educadores

Mães que possuem filhas pequenas têm tido cada vez mais dificuldade de negar a elas a utilização de salto alto, devido à adaptação do calçado ao público infantil. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, no entanto, alerta que esse uso precoce pode causar lesões na coluna, além de deformidades nos pés.

- O salto alto não deveria ser utilizado pelas meninas antes dos 19 anos, quando se conclui o desenvolvimento do esqueleto. Considerando-se que a adoção do salto ocorre cada vez mais cedo devido à permissividade dos pais, as meninas deveriam pelo menos utilizá-lo após os 16 anos. Não respeitar esse limite pode implica em assumir o risco de ocasionar calosidades e joanetes nos pés, além de problemas na coluna, quadris e joelhos - alerta o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.

Segundo o pediatra, esses riscos são responsabilidade dos pais, que muitas vezes não desempenham adequadamente seu papel de educadores, que não impõem limites quando necessário. Para Marcelo Porto, os atuais valores da sociedade, que estimulam a sexualidade precoce em detrimento aos valores da infância, não devem estar acima dos cuidados necessários para que as meninas atinjam a maioridade sem se preocuparem com problemas de saúde deste tipo.

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


Autor: Lucas Aleixo
Fonte: Play Press

Imprimir