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Dermatologista explica que níquel, cobalto e cromo são os principais metais que podem desencadear incômodos

Uma mulher coloca um brinco e, um tempo depois, começa a sentir a orelha ficar vermelha e quente. As coceiras e o incômodo praticamente impedem o uso da bijuteria. Casos assim são bastante comuns. Segundo a dermatologista associada da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS), Catiussa Spode Brutti, estima-se que 17% das mulheres e 3% dos homens são alérgicos ao níquel. Além disso, até 3% das pessoas são alérgicas ao cobalto e ao cromo.

- O contato com metais como níquel, cromo e cobalto é frequente na vida diária. Alergia a esses metais pode afetar pessoas de todas as idades e geralmente se desenvolve após exposição repetida ou prolongada. A alergia a metais manifesta-se com erupção cutânea, coceira, vesículas, vermelhidão e descamação. Cronicamente a pele pode tornar-se ressecada ou endurecida e com rachaduras. A dermatite ocorre na área da pele que esteve em contato com o metal, porém pode aparecer em outros locais do corpo. A reação geralmente começa dentro de 12h a 48h após o contato e pode persistir por semanas – explica Brutti.

De acordo com a dermatologista, também associada da SBD-RS, Lia Dantas, quando a alergia surge, é praticamente impossível voltar a usar os produtos sem que haja o efeito negativo.

- Costumo dizer que é uma batalha perdida. Quem é alérgico, não consegue usar esses metais sem o incômodo. É melhor parar de usar o acessório e buscar metais que não desencadeiem a alergia. Se o usuário insistir com bijuteria, as lesões podem piorar e evoluir para bolhas, vermelhos ainda mais intensos e descamações mais rapidamente, quase que instantaneamente – avalia Dantas.

As dermatologistas alertam, ainda, que não existe uma cura definitiva, apenas um tratamento para minimizar o problema quando ocorrer. Para quem gosta dos acessórios e não pode usar bijuterias com níquel, cobalto e cromo, a indicação é utilizar joias em ouro, prata ou aço inoxidável, com raros casos de alergias. Na dúvida de qual metal é o responsável pelos incômodos, a dica é procurar um médico dermatologista e realizar um teste de contato.


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press

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