Quando abordados em um contexto amplo, o conforto e a saúde dos trabalhadores refletem em melhores condições de desempenho e bem-estar. Desta forma, as novas relações “homem-máquina” e a expansão dos postos de trabalho exigiram, nos últimos anos, que fossem levadas em consideração, as características pessoais nos ambientes de serviço.

O conceito, conhecido como ergonomia, está em debate na V Jornada Internacional ABERGO de Ergonomia, que teve início na quarta-feira (27/09) e segue até sexta-feira (29/09), no Centro de Eventos da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

- Precisamos compreender que um posto de trabalho nem sempre vai ser ocupado por outro colaborador com as mesmas características, já que um pode ser canhoto e outro destro, alto ou baixo, por exemplo. Esta adaptação deve ser feita pela empresa através de um ergonomista, profissional que tem conhecimento destes riscos com maior especificidade. É ele quem pode resolver questões como o excesso de ruído, iluminação e mobiliário – explica o diretor de patrimônio da AMRIGS e mestre em engenharia de produção com concentração em ergonomia, Dirceu Rodrigues.

A ergonomia é reconhecida pela legislação trabalhista e previdenciária, que dispõem sobre a necessidade de adaptação do posto de trabalho conforme a característica particular para a saúde e conforto do trabalhador.

Ao longo destes três dias, profissionais de diferentes áreas de atuação, da medicina à engenharia, participam de cursos, atividades, conferências e workshops com palestrantes nacionais e internacionais, compartilhando experiências e apontando os desafios futuros, como as adaptações para cada tipo de atividade.

De forma simultânea, ocorre o 1° Encontro da rede IEA/BRICS, formado pela International Ergonomics Association com os países que formam o grupo político de cooperação, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mais informações podem ser obtidas através do site ufrgs.br/jornadainternacionalabergo/programacao.