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Tecnologias são utilizadas como recursos terapêuticos em casos de cicatrizes e radiodermite crônica

A cirurgia de reconstrução mamária e a radioterapia, procedimentos do tratamento do câncer de mama, também exigem cuidados dermatológicos. No primeiro caso, com relação às cicatrizes resultantes do procedimento cirúrgico e, no segundo, às reações e desconfortos que a pele pode apresentar devido a radiação. Em ambos os casos, o acompanhamento de um médico especialista em dermatologia é fundamental para garantir o bem-estar da paciente.

- É importante que a avaliação do dermatologista ocorra nas primeiras semanas após a cirurgia, depois da retirada dos pontos. Na consulta, as cicatrizes são examinadas e classificadas, indicando o tratamento adequado. Já nas pacientes que passaram pela radioterapia é muito comum a ocorrência de radiodermite, o que torna a pele da mama mais frágil – explica a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Taciana de Oliveira Dal'Forno Dini.

As novas tecnologias disponíveis para os tratamentos dermatológicos também são importantes na melhora do aspecto estético das cicatrizes, conforme destaca Taciana. As mais utilizadas são o laser fracionado ablativo e não ablativo, a luz intensa pulsada e o microagulhamento. A técnica cirúrgica da Subcision(colocar aqui sobrescrito o R de marca registrada) também pode ser utilizada para os casos que as cicatrizes possuem retrações. Os procedimentos ainda melhoram a alteração de cor das cicatrizes, que podem apresentar-se muito claras, avermelhadas ou muito escuras.

À paciente também cabe seguir as recomendações médicas, como diminuir a tensão nas cicatrizes, evitando a extensão da pele por até 6 meses, não se expor ao sol para evitar o surgimento de manchas mais escuras, usar os tratamentos prescritos pelo dermatologista e realizar os tratamentos propostos, quando possível.

Já a radioterapia é mais tolerada pela paciente, de acordo com Taciana, sendo que em algumas delas, pode causar vermelhidão e descamação da região nas semanas seguintes ao tratamento. Para aliviar estes sintomas, hidratantes adequados podem ser utilizados diariamente.

- Durante o tratamento, com as sucessivas aplicações, as pacientes podem sentir desconforto cutâneo no campo tratado e também uma descamação maior com formação de crostas, que dura poucas semanas. Os efeitos tardios, conhecidos como a radiodermite crônica, geralmente surgem após meses ou anos do tratamento através da dilatação de vasos, atrofia da pele e alterações na pigmentação – complementa a vice-presidente da SBD-RS.

Assim como no caso das cicatrizes, o tratamento da radiodermite crônica deve ser avaliado e planejado individualmente para cada caso. Taciana Dal’Forno Dini destaca, ainda, que quanto mais cedo a procura pelo médico, melhores são os resultados, tanto estéticos quanto funcionais.

Em setembro, a SBD-RS, em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia – RS (SBM-RS) e a Sociedade Brasileira de Urologia – Secção RS (SBU-RS) lançou a campanha “Todos Unidos Contra o Câncer”, como forma de apoiar a iniciativa do Outubro Rosa. 


Autor: Francine Malessa
Fonte: Play Press

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