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Artigo do presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Alfredo Floro Cantalice Neto

Uma das medidas mais importantes para a diminuição da superlotação de emergências em hospitais é o investimento em unidades de pronto atendimento e o que vemos, no Rio Grande do Sul, é um cenário preocupante em relação a isso. O momento para que possamos cobrar medidas urgentes é agora, e não quando as temperaturas baixarem e, por características históricas do clima, aumentarem significativamente o número de internações por doenças respiratórias. O que muda em relação a anos anteriores é que as estruturas, antes, não existiam e, agora, foram criadas, mas não funcionam! Segundo dados recentes, veiculados na mídia, são nove unidades de pronto atendimento (UPAs) que deveriam estar abertas e permanecem com as portas fechadas no Rio Grande do Sul.

O problema afeta cidades como Três Passos, Frederico Westphalen, São Borja, Santo Ângelo, Ijuí, Guaíba, Panambi, Santa Vitória do Palmar, Carazinho, Farroupilha, Alvorada, Esteio, Cachoeirinha, Osório e Taquara. Nesses locais, as obras estão paradas ou acabadas e sem uso.

De acordo com dados do próprio Governo Federal nas localidades que contam com UPA, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. Quando o usuário chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas. Diante disso não há como exigir que o assunto não seja dado como prioridade. É preciso diálogo e união entre as partes, sejam no âmbito federal, estadual e municipal.

A AMRIGS, como entidade representativa, tem a missão de seguir lutando por ações em prol da saúde e, essa, é uma das bandeiras que defenderemos para o bem da sociedade.

Presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Alfredo Floro Cantalice Neto.


Autor: Alfredo Floro Cantalice Neto
Fonte: Play Press

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