O secretário Osmar Terra anunciou hoje (20/11) os principais pontos da estratégia que a Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) elaborou para o enfrentamento de uma possível epidemia de dengue no Estado neste verão. O Plano de Contingência para Dengue no Rio Grande do Sul foi pensado a partir de três cenários e prevendo a ocorrência da doença nas duas regiões de risco, a Metropolitana e a Noroeste. As medidas adotadas terão recurso estadual, disponibilizado através de orçamento, em torno de R$ 6 milhões para o final deste ano e de R$ 6 milhões para 2009. A estimativa é de que possam ocorrer de 74 mil a 299 mil casos de dengue no RS. A SES/RS avaliou a capacidade instalada na área de assistência nos municípios infestados pelo Aedes aegypti e as características da doença.

Terra destacou que o Estado completou, em maio passado, um ano sem casos autóctones da doença, mas enfatizou a SES/RS está reforçando a parte preventiva. "O trabalho de prevenção da doença e de combate ao mosquito transmissor deve continuar", alertou, lembrando que em abril de 2007 o RS foi atingido por um surto de dengue iniciado em Giruá e que chegou a Erechim. Foram registrados, à época, 265 casos autóctones, em 59 municípios da região.

Estratégia

A estruturação da regulação de internação hospitalar prevê 220 leitos extras de enfermaria na Macrorregião Metropolitana, 100 em hospitais de Porto Alegre e 150 na Macrorregião Noroeste. Os hospitais receberão recursos extras para a disponibilização de camas, monitores cardíacos, bombas de infusão, respiradores e de pessoal.

Serão disponibilizados pelo Estado, além da estrutura própria de rotina, cinco ambulâncias com UTI móvel, sob responsabilidade do programa Salvar/Samu.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) é responsável pelo envolvimento das equipes de vigilância nas ações preventivas de combate aos focos; capacitação de equipes técnicas municipais em diagnóstico, manejo clínico e prevenção; aquisição de sete veículos fumacê, totalizando dez à disposição, entre outras ações.

Considerando-se que a doença exige pronta atenção médica, garantindo condições de hidratação aos enfermos e a necessidade de evitar o congestionamento das emergências, prevê-se a instalação de unidades especiais após o esgotamento da capacidade municipal. Serão tendas de hidratação com possibilidade de atendimento de até 900 pacientes/dia. Avalia-se a necessidade de até quatro tendas para o RS.