Uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal serve de alerta para importância do devido preparo para o procedimento de endoscopia. Em caso ocorrido no início deste ano, a paciente chegou a ser submetida à sedação, mas o procedimento demorou a ser feito, e o efeito anestésico foi perdido. Diante disto, a 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, manteve a condenação da clínica entendendo que houve falha no procedimento.
- O procedimento de sedação profunda é importante e o mais recomendado, pois garante a máxima segurança do paciente e a eficiência do trabalho clínico. Com ele apagado, sem sentir absolutamente nada e sem risco de reagir, é possível realizar a análise da mucosa sem interrupções e não há chance dele eructar, arrotar e se afogar, resultando em complicações ou na ineficiência do exame – avalia o médico gastroenterologista e associado da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Júlio Pereira Lima.
As opções oferecidas para o procedimento são: sem sedação, com sedação parcial, onde o paciente permanece acordado, mas não sente nada, ou a sedação profunda, realizada com a supervisão de um anestesista, em que o paciente adormece completamente.
Os preparativos para a análise são tão importantes quanto a execução, pois a intervenção dura em média de 5 a 10 minutos. O jejum deve ser de no mínimo oito horas e é importante que o paciente sempre comunique com precisão, detalhes da alimentação e medicamentos que eventualmente estejam sendo ingeridos.
O exame de endoscopia é feito com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e análise, através do uso de uma micro-câmera, de partes internas como o esôfago, o estômago e o duodeno. O problema maior é a sensação de sufocamento no paciente, além do desconforto da passagem do aparelho. O exame costuma durar poucos minutos. A endoscopia pode diagnosticar casos simples de gastrite até sintomas de câncer no estômago.