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Com o tema "Me formei. E agora?", o 1º CDU AMRIGS - Congresso do Departamento Universitário debateu temas atuais e relevantes para a profissão

Centenas de jovens acadêmicos de Medicina acompanharam com atenção e preocupação o relato de especialistas sobre temas da atualidade na profissão. O 1o CDU AMRIGS - Congresso do Departamento Universitário trouxe em sua programação apresentações em áreas como Urgência e Emergência, Carreira Militar, Currículo Médico, Medicina de Família e Comunidade e Trauma.

- O retorno dos acadêmicos foi muito bom, com elogios aos temas e a dinâmica do encontro. Procuramos contemplar assuntos que são de interesse do recém-formado que precisa estar apto a atender casos de emergência. O que praticamos na Medicina desde sempre é proteger o paciente. Hoje, porém, precisamos ter uma postura não só científica, mas defensiva pelo contexto que vivemos – afirmou a presidente do Departamento Universitário (DU) da AMRIGS, Kathrine Meier.

O encontro, realizado na sede da AMRIGS em Porto Alegre, teve início na sexta-feira (05/04). A solenidade de abertura contou com a participação do presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto; do diretor científico da AMRIGS, Marcos Vinícius Ambrosini Mendonça; do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), Eduardo Trindade; do presidente da Unicred Porto Alegre, José Cesar Boeira e do presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Marcelo Matias.

- Os palestrantes são altamente qualificados para trazer aquilo que eles mais precisam que é tirar suas dúvidas para o momento mais importante da vida deles, o exercício da profissão – afirmou o diretor científico da AMRIGS, Marcos Vinícius Ambrosini Mendonça.

Ainda na sexta-feira, o tema da Medicina de Família e Comunidade foi abordado pelos médicos André Silva, Rafaela Barrêto, Juliana Brenner e Luiz Cláudio Danzamm. O momento Unicred, contou com temas como infecções respiratórias nas crianças, pré-natal, infecções sexualmente transmissíveis, depressão e ansiedade. Ao final, Menna Barreto falou da carreira militar.

A primeira atração do sábado (06/04) foi a palestra sobre o Cenário das Emergências, apresentada pelo médico Rogério Schneider, um dos responsáveis pela implantação do SAMU.

- Foi algo muito trabalhoso por toda a estrutura existente e complexidade que é a máquina pública – contou.

O palestrante também chamou a atenção para a flagrante desproporção de recursos entre a iniciativa privada, através dos planos de saúde e os investimentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Carlos Eduardo Bastian da Cunha falou sobre "Por que optar pela Medicina de Emergência e Cirurgia no Trauma", destacando entre um dos atrativos a ampla variedade de conhecimento técnico que é exigido para atuar na área.

- Somos especialistas em gente. Não interessa se o paciente é jovem ou velho; uma pessoa boa, ou um bandido. Somos treinados para salvar vidas e somos muito humanos, justamente porque lidamos com a morte – completou a residente Laura Zaparoli Zanrosso, que também discorreu sobre a escolha da profissão.

Lucas Petersen falou sobre Dor Torácica na Emergência e uso do Eletrocardiograma. Após, Caroline Pedrozo falou sobre dispneia (sensação subjetiva de desconforto respiratório) na emergência.

- O primeiro passo é descartar as coisas mais graves. Também é fundamental lembrar que a dispnéia está presente entre uma boa parte das dez maiores causas de internação em emergência – afirmou.

O médico Marcos Dalsin abriu a programação da tarde falando do exame neurológico focal. Após, Ian Ward, provocou a reflexão na plateia com a abordagem dos erros comuns na sala de emergência.

- Há uma alta carga de ambiente barulhento, superlotado e sob muita pressão. Um erro de decisão inicial na triagem pode não trazer o procedimento adequado. Há chances inesgotáveis de acontecer um erro. Tomamos em torno de dez mil decisões em um plantão de 24 horas – relatou.

Atendimento ao paciente atingido por arma branca e arma de fogo foram os temas das palestras de Antônio Crespo e Marcelo Ribeiro. Isabel Cardoso, falou sobre emergência oftalmológicas. Após, VA Dífícil foi o tema trazido por Leonardo Borges. Luiz Fernando Soares Varela falou do uso do ultrassom na emergência e Ana Beatriz Squadri trouxe a sua experiência no SAMU.

O bloco final teve a médica Ana Paula da Rocha Freitas explicando como identificar a sepse (doença potencialmente grave desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção). Os dispositivos de VA e oxigenação foram abordados, após, por Roberto Tonietto. Um dos procedimentos mais importantes na emergência, a intubação do paciente crítico, foi o tema de Günther Ayala. Ao final, Luciano Eifler, falou das tecnologias na medicina.

O evento contou com apresentação de pôsteres, workshops premiação para os melhores trabalhos. Foram expostos mais de 130 trabalhos e o congresso contou com a participação de mais de 300 estudantes. 


Autor: Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press

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