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Especialista ensina a identificar a doença, a diferenciá-la da rinite e como evitar que o quadro se agrave

O diagnóstico da sinusite não é simples de fazer. A doença, que acomete cerca de 30 milhões de brasileiros, pode ser confundida com rinite, gripe, enxaqueca e até dor de dente. No entanto, é importante saber identificar o problema, pois, uma falha ou mesmo a falta de um diagnóstico podem levar a sérias complicações. “Em casos raros, a sinusite, quando não tratada corretamente, pode evoluir para uma meningite bacteriana, que é uma inflamação aguda das membranas que recobrem a medula e o cérebro. Pode ainda causar osteomielite (inflamação dos ossos), celulite infecciosa, perda parcial ou total da capacidade olfativa e problemas de visão”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Leandros Sotiroupolos.

Todos esses problemas podem ocorrer, pois a sinusite acontece quando há uma inflamação das cavidades da face que têm relação com a mucosa do nariz, os chamados seios paranasais. Essa inflamação pode chegar ao cérebro e provocar meningite. Quando vai parar nos ossos pode desencadear um quadro de osteomielite. Se chegar ao globo ocular, pode atingir a visão; quando acomete a pele pode provocar celulite infecciosa, uma infecção bacteriana de pele, que pode ser grave. “Quando atinge a visão ou olfato, por exemplo, os danos podem ser temporários ou permanentes”, detalha o médico.

Entre os principais gatilhos para o surgimento da sinusite estão as alergias, incluindo a rinite alérgica, poluição do ar e algumas infecções, como gripes e resfriados. No caso da rinite a inflamação fica restrita a mucosa do nariz, e causa sintomas como obstrução nasal, coriza (secreção clara e fluida), coceira no nariz e espirros. Já a sinusite provoca inflamação da mucosa dos seios da face e vem acompanhada de sintomas, como dores de cabeça, garganta inflamada, dores no ouvido, tosse, fadiga, irritabilidade.

Não são somente os adultos os afetados pela doença, crianças também podem ter sinusite, ao contrário do que a maioria imagina. “Quando há persistência dos sintomas respiratórios, como secreção nasal, tosse, obstrução nasal, dor de cabeça e febre, por mais de 10 dias, sem sinal de melhora, pode ser que a criança esteja com rinossinusite. Nesses casos, a tosse piora durante a noite”, explica o especialista do CEMA. O tratamento da sinusite vai depender da gravidade do caso. Mas, geralmente, são receitados medicamentos para aliviar os sintomas, higienização nasal, e, em alguns casos, uso de antibióticos. Existem pessoas que podem precisar de cirurgia, quando a obstrução que causa sinusite acontece por algum problema anatômico, como desvio de septo. O importante é procurar ajuda médica, caso apresente os sintomas mencionados.


Autor: Carina Viana
Fonte: Agência NB

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