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Alimentação adequada e atividade física são essenciais

A chegada de um novo tipo de remédio contra a obesidade vai chamar a atenção naturalmente, ainda mais tendo o aval de um renomado especialista e a publicação em uma respeitável revista médica.

Afinal, qualquer um que se arrisque a encarar uma segunda fatia de torta ou um duplo hamburguer terá interesse em uma droga que ajude a lidar com as consequências desses atos.

Mas não seria tolice creditar a salvação a apenas um remédio quando sabemos que a real resposta para essa questão inclui mudanças no estilo de vida, incluindo mais atividade física e menos junk food? A liraglutida pode ser a nova menina prodígio de uma batalha pela dominação de um mercado altamente lucrativo. Mas o sucesso dessas drogas redutoras de peso é limitado e a segurança de alguns dos remédios tem sido questionada. O Rimonabant foi retirado do mercado ano passado depois que foi ligado a distúrbios psiquiátricos e suicídios.

E ele ficou à venda por dois anos, sendo usado por mais de cem mil pacientes só no Reino Unido.

Um outro medicamento, à base de dexfenfluramina, foi banido nos anos 90 depois que foi associado a sérios problemas nos pulmões e no coração.

A liraglutida teria vantagem sobre muitos desses remédios por não trazer efeitos colaterais.

Mas o uso dessas drogas ainda divide opiniões.

O que podemos todos concordar é que é melhor prevenir os problemas do que depender da medicina para enfrentá-los. E sabemos o que fazer: andar, não dirigir, comer uma maça, não uma torta de maça. Esse é verdadeiro desafio.


Autor: J.L do Jornal O Globo
Fonte: CFM

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