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Trabalho, estudo, compromissos, o ser humano não para!

falta de tempo vem prejudicando não apenas a saúde mental das pessoas como suas relações interpessoais. Não há tempo para ajudar um amigo, para conversar ou escrever uma simples mensagem.

Fabiano de Abreu, escritor, pesquisador e filósofo explica que nossa falta de tempo é na verdade: desorganização. “Em meio a tribulações diárias, se pararmos para refletir sobre os minutos somados que respiramos fora de foco, os instantes que pararmos para relaxar momentaneamente e o olhar para o nada, o resultado seria um troço enorme de tempo que é mais que o necessário para dar atenção as pessoas queridas”.

De acordo com a teoria do estudioso, apesar das obrigações diárias de fato designarem muitas tarefas, não há disciplina ou até mesmo vontade para determinar prioridades. “A verdade é que se utilizássemos nosso tempo útil para ser essencialmente efetivo, conseguimos produzir melhor e ainda ter tempo para viver a vida. Pois, no final das coisas, sempre conseguimos arranjar tempo quando realmente queremos”.

O fato do ser humano achar que sempre vão ser esperados por alguém, gera segundo Fabiano um hábito de procrastinar afeto com outras pessoas. “As pessoas não nos colocam prazos para receber atenção. Mas é exatamente ai que mora o perigo. O mal é achar que os outros vão esperar pela gente e deixamos tudo para depois”, argumenta.

O tempo é sensível, traiçoeiro e Fabiano aponta que é preciso se atentar ao fato de que ele costuma não voltar. “Antes de nascermos, são necessários nove longos meses para nos desenvolvermos. Da mesma forma, o tempo é responsável por nos levar ao encontro com a morte. Ou seja, é construtor e destruidor. A mesma lógica pode ser aplicada ao amor. Quando amamos o tempo é relativo, o sentimento tem poder de fazer as horas passarem rápido, mas o tempo também pode enfraquecer esse amor e fazê-lo passar. Pensando em tudo isso, temos que dedicar ou arranjar um tempo, para construir e manter laços afetivos e relacionamentos”, analisa.


Por: Fabiano de Abreu

Crônica: Sem tempo para tudo e com tempo para nada

Ocupado. Atrasado. Trabalhando. Sem tempo! Quantas coisas você deixou de fazer por você e por outras pessoas ao alegar que está sem tempo? Quantas vezes você não ajudou alguém, ou sentou para conversar com pessoas que poderiam até ser seu amigo futuramente, pois estava correndo com algo?

A verdade é que estamos nos dispersando das pessoas. Nunca temos tempo para nada e milhões de coisas para resolver.

Contudo, em meio as atribulações diárias, se pararmos para refletir sobre os minutos somados que respiramos fora de foco, os instantes que pararmos para relaxar momentaneamente e o olhar para o nada, o resultado seria um troço enorme de tempo que é mais que o necessário para dar atenção as pessoas queridas.

Vivemos em uma era onde dizemos não ter tempo, mas na verdade não sabemos organizar o nosso tempo.

E que engraçado é o tempo! Ele conserva e destrói, é como uma pássaro vivo no tempo que ao comer o inseto o leva a morte. Precisamos de nove meses para sermos feitos, mas é esse mesmo tempo edificante que nos leva embora. Destrói! Devora! Nos constrói e nos devora.

O tempo transforma a uva em vinho, o vinho em vinagre e o saboreamos de todas as maneiras. Mas até para degustar as delícias precisamos de tempo, ou o sabor não será tão bom e perceptivo. Da mesma forma , o amor faz o tempo passar, mas se não dedicarmos tempo, ele o faz passar.

O tempo é sensível e tem a mania orgulhosa de não voltar atrás.

A verdade é que se utilizássemos nosso tempo útil para ser essencialmente efetivo, conseguimos produzir melhor e ainda ter tempo para viver a vida. Pois, no final das coisas, sempre conseguimos arranjar tempo quando realmente queremos. O mal é achar que os outros vão esperar pela gente e deixamos tudo para depois.


Autor: Redação
Fonte: MF Press Global

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