Na sexta-feira, 8/3, Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1975, para lembrar a luta das mulheres contra preconceitos e por mais igualdade e justiça, especialista da área médica reforça a importância de se dar às mulheres mais acesso à saúde com exames de prevenção. Eles reiteram que a prevenção e o diagnóstico precoce são a melhor maneira de agir contra doenças, principalmente o câncer de mama.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode-se definir a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". Neste sentido, para o mastologista Antônio Luiz Frasson, chefe do Serviço de Mama da Santa Casa e coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Nora Teixeira/Rede Einstein de Oncologia, "as mulheres estariam gerando saúde se fizessem o rastreamento precoce do câncer de mama. Este exame pode revelar, ou não, algum sinal da doença e, se houver, identificar alterações com grandes chances de cura. A mamografia está entre métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce".

Dr. Frasson considera, ainda, que a boa notícia é que, iniciativas realizadas no País e também em nível internacional, apontam que a preocupação da população feminina com a própria saúde vem aumentando. Só para se ter uma ideia, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que foram realizadas mais de 3,8 milhões de mamografias de rastreamento em mulheres usuárias do SUS no ano de 2022, evidenciando um aumento no número de exames após a pandemia, embora com diferenças regionais. Naquele ano, o Rio Grande do Sul registrou mais de 298 mil mamografias de rastreamento realizadas pelo SUS, o que indica uma retomada da atenção das mulheres para uma doença que, se investigada a tempo e com os avançados recursos de tratamento atuais, pode ser curada.