Para os psicólogos, o controle do peso não é somente a imposição de uma dieta. Ao contrário, é necessário uma estratégia global que atinja corpo e mente. Alguns tratamentos podem incluir uma série de estratégias. Veja abaixo uma série de dicas que a Associação de Psicologia Americana (APA) vem associando ao sucesso no tratamento de obesidade.
Automonitoramento
Umas das táticas mais efetivas para reduzir e gerenciar seu peso é o automonitoramento. Isso significa observar e registrar sistematicamente o que você come e o quanto de exercício você faz.
É possível fazer um diário do que se come e usar um pedômetro para se assegurar que você está caminhando ao menos 10 mil passos por dia. Esse tipo de estratégia é perfeita, dizem os pesquisadores. Quase 25% dos casos de sucesso no controle do peso são resolvidos com apenas esse procedimento.
Meditação
A meditação faz mais por você do que apenas diminuir o estresse. Ela pode também ajudá-lo a perder peso, pois diminui a compulsão pela comida. Além disso, a meditação pode também auxiliar as pessoas a identificarem as motivações emocionais que levam ao excesso alimentar.
Mais importante de tudo, a meditação pode fazê-lo se alimentar mais conscientemente e pausadamente. Pesquisas mostram que indivíduos com problemas alimentares normalmente não prestam muita atenção às sensações de fome e nem sua satisfação (envolvendo os mecanismos de saciedade). Exercícios mentais podem ajudar a manter a mente focada na “experiência da alimentação”.
Mensagens positivas sobre o que se come
Estudos mostram que obrigar crianças a fazer dieta ou restringir o consumo alimentar pode levar a um comportamento alimentar pouco saudável e aumento de peso no futuro. Pesquisadores chegaram à conclusão, por exemplo, que adultos com comportamentos alimentares compulsivos ou que tinham grande variação de peso durante a vida haviam passado pela experiência do controle de comida exercida pelos pais.
Encorajar as crianças a comer de forma regular, observando o que se come e indicando que frutas ou outros alimentos saudáveis são tão gostosos quanto outros menos saudáveis é bastante positivo a longo prazo. Deve-se disponibilizar opções, conversar sobre os pontos positivos e negativos dos alimentos consumidos, mas evitar, sempre que possível, as proibições alimentares.
Para as crianças brinquedos são melhores que doces
Para os pais vai outra dica: associar doces e comidas altamente calóricas a datas festivas também pode ser um grande erro à longo prazo.
Marlene Schartz, do Centro de Transtornos Alimentares e do peso da Universidade de Yale, EUA, em um estudo com quase 300 crianças entre 3 e 14 anos, chegou a conclusão que entre ganhar mais brinquedos e ter uma festa repleta de doces e bolos as crianças preferiam a primeira opção. Esse tipo de atitude poderia desassociar consumo calórico de sentimentos de felicidade situacional.
Terapia Cognitiva Comportamental
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) foca na mudança de padrões pouco saudáveis de pensamentos e comportamentos.
Nem sempre a terapia por si só ajuda. Nesses casos é recomendado uma estratégia que combine medicação de controle de apetite, antidepressivos e em último caso – para um parcela muito pequena da população, lembre-se – existe a cirurgia bariátrica.