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O estudo foi conduzido pela Universidade de York, do Reino Unido

A felicidade das crianças é muito mais influenciada pelo nível de conflito familiar do que por outros fatores, de acordo com um estudo feito pela instituição Children’s Society, da Inglaterra. De acordo com a pesquisa, 7% das mais de 7 mil crianças entrevistadas, com idades entre 10 e 15 anos, se diziam bastante infelizes, sendo que a harmonia familiar era o principal motivo de suas insatisfações.

Crianças que indicavam que sua família “ia bem” apresentavam, em média, níveis de felicidade 20% superiores do que aquelas que indicavam algum nível de insatisfação dentro de casa. E esse número se mantinha independentemente de elas viverem com os dois pais, com um dos pais, com famílias adotivas ou com novas famílias (quando um dos pais se casava novamente).

O estudo, conduzido pela Universidade de York, do Reino Unido, demonstrou que os maiores índices de felicidade entre as crianças eram observados nas questões relativas ao lar, à família e aos amigos. Quanto à infelicidade, os piores itens diziam respeito à aparência, local onde moravam e tarefas de escola (este último tópico era bastante previsível).

O estudo tenta chegar a um “índice de bem-estar” entre as crianças. “Esse estudo é um grande passo para entender e melhorar o bem-estar entre os mais jovens. E é importante salientar que, levando em conta os números totais, é possível que duas crianças, em cada classe de uma escola, podem estar extremamente infelizes”, diz Bob Reitemeier, um dos diretores da Children’s Society.

De acordo com Reitemeier o conflito familiar se mostrou um ponto crucial da infelicidade entre as crianças, o que é importante para nortear a percepção dos adultos quanto aos seus filhos e mesmo evidenciar que talvez sejam necessárias políticas públicas de acompanhamento familiar em alguns casos.

Outras pesquisas já apontaram que presenciar brigas e abusos verbais dentro de casa durante a infância pode desencadear processos de ansiedade e depressão na idade adulta, além de outros tipos de transtornos mentais.


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho? com informações da Children’s Society

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