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Estudo longitudinal concluiu que os adolescentes têm mais opinião sobre determinados assuntos do que outros e isso pode ser indicativo de maior autonomia nessas áreas

Por um período de nove anos, os pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, acompanharam famílias observando as tomadas de decisão dos adolescentes no âmbito familiar. Mães e pais indicavam quem havia tomado a decisão em assuntos relacionados a oito assuntos distintos: tarefas domésticas, modo de se vestir (aparência), horários de dormir, tarefas escolares, vida social, atividades de lazer e dinheiro.

A tomada de decisão no ambiente familiar é um modo importante para que as crianças e os adolescentes exercitem a independência e a responsabilidade. O estudo – publicado no periódico Child Development – concluiu que o peso das decisões dos jovens nas famílias aumentou gradualmente entre as idades de 9 a 14 anos e estes continuaram a ganhar autonomia até os 20 anos.

Os itens onde estes adolescentes e jovens adultos mais ganharam poder decisório foi sobre sua própria aparência, atividades de lazer, tarefas escolares e vida social. Entre as tarefas domésticas, saúde e horário para voltarem para casa após um evento social, esse poder decisório se desenvolveu de forma mais pausada e gradual.

No caso de como administrar suas finanças e no quesito saúde, as decisões eram compartilhadas com os pais, sugerindo que a autonomia se desenvolveu com menor velocidade ainda nessas áreas.

Alguns jovens também tiveram um aumento da autonomia em níveis maiores do que outros. Estes jovens com maior poder de decisão eram, na grande maioria das vezes, garotas e indivíduos com menos problemas de relacionamento, incluindo filhos de pais com maior nível educacional.

A pesquisa também indicou que não há um padrão definido no aumento da autonomia na tomada de decisão. Ao contrário, essa autonomia era reflexo do nível de independência e responsabilidade observado pelos pais e também dependia do tipo de decisão a que eram apresentados, além das circunstâncias familiares no momento.


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho?com informações da Society for Research in Child Development

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