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A sibutramina é um dos inibidores de apetite mais receitados no país

Mais uma porta foi fechada para os pacientes que utilizam a sibutramina para combater o sobrepeso e a obesidade. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo restringiu a prescrição da substância aos pacientes da rede pública do município por conta de estudos que comprovam os riscos do uso do medicamento por pessoas com problemas cardiovasculares. A sibutramina é um dos inibidores de apetite mais receitados no país.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, uma recomendação divulgada em abril aos médicos da rede municipal paulista sugere que indiquem outros medicamentos para o tratamento de sobrepeso e obesidade, já que a sibutramina não está relacionada entre as substâncias controladas pelo talonário B2.

Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou o controle sobre a prescrição e remanejou a substância para a lista B2, em que os remédios podem ser vendidos somente com a apresentação do receituário azul, que possui uma numeração fornecida pela Vigilância Sanitária. A venda do medicamento não está proibida, porém, estados e municípios têm autonomia para definir a política de obtenção da receita.

No Brasil, a sibutramina entrou para a lista negra após a divulgação do levantamento Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcomes), realizado com 10.000 pessoas, que demonstrou efeitos negativos em pacientes com histórico de doenças do coração. O estudo fez com que a Agência Europeia de Medicamentos (Emea) proibisse a venda da droga.

Na ocasião, a Anvisa chegou a recomendar que o remédio fosse contraindicado para "pessoas que apresentem obesidade associada à existência de doenças cardio e cerebrovasculares; e aquelas que apresentem diabetes mellitus tipo 2, com sobrepeso ou obesidade e associada a mais um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares". Em seguida, porém, decidiu dificultar a prescrição do medicamento.


Autor: Natália Cuminale
Fonte: Veja.com

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