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Com palestras significativas, o evento confirma-se como um marco para perspectivas futuras

Primeira conferência: Plano de desenvolvimento da empresa Cascades Inc.

O segundo dia do Congresso Mundial de Administração iniciou com a palestra do sr. Henry Sauvagnat, Vice-Presidente da empresa Cascades Inc., Quebec, responsável pelo desenvolvimento sustentável, apresentando o plano de desenvolvimento sustentável da empresa Cascades Inc. Empresa quebequense, fundada em 1964, pioneira em soluções integradas de reciclagem de papel, empregando mais de 15.000 pessoas pelo mundo.

O plano de desenvolvimento sustentável da empresa iniciou no ano de 2008. Para a implementação desse plano, a Cascades Inc. contou com a consultoria da empresa Deloitte, uma empresa de auditoria de grande porte especializada em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável.

O primeiro passo desse plano foi a formação de um comitê diretivo para realizar um diagnóstico das atividades nesse domínio. Posteriormente, foram ouvidos os stakeholders (funcionários, diretores locais, membros governamentais e das comunidades locais, investidores, fornecedores, clientes, administradores e representantes de organizações não-governamentais) para compreender as suas expectativas e preocupações em relação aos diferentes setores da Cascades Inc. e os desafios do desenvolvimento sustentável. Chamado a refletir sobre questões como a terceirização responsável, a responsabilidade associada aos produtos, a governança e a divulgação, o impacto ambientais e sobre as comunidades e ambientais, os entrevistados descreveram prioridades estratégias que se tornaram os principais indicadores críticos de desempenho para o incremento do plano de desenvolvimento sustentável.

A partir da contribuição dos parceiros, foram desenvolvidas diretrizes gerais para o desempenho, liderança, transparência e materialidade, incluindo o estabelecimento de objetivos mensuráveis, indicadores de desempenho e planos de ação pormenorizados. A implementação de cada diretriz contou com validações constantes dos stakeholders da empresa.

Segundo o sr. Sauvagnat, a empresa Cascades Inc. foi pioneira na implantação de um plano de desenvolvimento sustentável no mundo. “O aspecto mais bonito do plano foi o caminhão para chegar lá”, comentou o palestrante.

Segunda conferência: Gestão do desenvolvimento sustentável e ética

Ética empresarial é debatida no Mundial de Administração pelo sr. Wagner Siqueira, Conselheiro Regional de Administração do Rio de Janeiro. Segundo o palestrante, as organizações estão, cada vez mais, centrais na vida das pessoas, ocorrendo devido à Revolução Francesa. Mundialização, atitudes, proatividade, valores e tribalização: essas e outras palavras-chave foram centrais na conferência sobre Ética Empresarial, proferida por.
De acordo com o sr. Wagner, “a prática da ética das organizações requer convicção, vontade política e competências adequadas para tornar as ações empresariais concretas e objetivas, minimizando as resistências e as incompreensões”. Igualmente pontuou que a ética deve ser arraigada na prática cotidiana das organizações, indo além de uma mera declaração ou de modismos passageiros. Além disso, o especialista entende que a flexibilidade também deve estar presente na conduta ética, uma ver que esta se constrói no devir, sendo, portanto, mais complexa do que possa estar em código escrito.
Falando a um auditório lotado de estudantes e profissionais da área da Ciência Administrativa, o Sr Wagner pontuou que, devido à privatização da sociedade civil em resposta ao atual cenário turbulento e incerto, as sociedades estão fornecendo quadros para a constituição e atuação de organizações não governamentais, uma vez que fomentam os direitos fundamentais.

O palestrante ainda acrescentou que é necessária uma profunda transformação das instituições, inspirada na Revolução Francesa de 1789. Questionar a legitimidade de um sistema que assegura um poder tão desproporcional a tão poucos se tornou uma prerrogativa. Pois é preciso uma democratização das instituições econômicas.

Antes de terminar sua explanação, sr. Wagner salientou: precisamos utilizar a ética como um instrumento, mas não de forma alienada e puramente estética.

Terceira conferência: Inovação e tecnologia – o petróleo brasileiro na camada do pre-sal

Iniciando sua palestra com o questionamento “O pre-sal é nosso?”, sr. Raul Tadeu Bergmann enfatizou que o Brasil passará de importador para exportador de pretróleo com a exploração do pre-sal. Assim, o palestrante colocou como proposta, em seu discurso, que a exploração do pre-sal seja base para o desenvolvimento sustentável do país.

De acordo com o palestrante, o Brasil não necessita da exploração do pré-sal para a sua manutenção para os próximos anos. No entanto, no ano de 2015, começará a faltar petróleo mundialmente, pois os países industrializados são os maiores consumidores de petróleos, porém, os mais dependentes, além de não serem produtores. O que delineia um conflito em nível mundial, tendo em vista que cada país busca garantir sua sustentabilidade.

Assim, segundo sr. Bergmann, será necessário que o país venha a proteger o petróleo abaixo da camada de pré-sal para a sua sustentabilidade futura. Os desafios para os próximos anos passarão por uma adoção de uma visão geopolítica, diz o especialista, que ainda não foi definida, sendo urgente essa definição.
O palestrante entende que a Petrobrás deva ser uma empresa de economia mista, garantindo, dessa forma, que essa riqueza seja propriedade da união e dos brasileiros. “Com o pré-sal teremos recursos para o Brasil que queremos. E o que faremos com isso?”, concluiu.

Quarta conferência: Em direção de uma relação ganha-ganha entre o Quebec e o Brasil

A quarta conferência do dia foi proferida pela Ministra das Relações Internacionais de Quebec, sra. Monique Gagnon-Tremblay, comentando aspectos importantes e significativos sobre as relações já existentes entre os países e as perspectivas futuras. Confira abaixo excertos do discurso realizado pela Ministra.

“Nos últimos 20 anos, houve no cenário internacional a emergência de um novo contexto caracterizado pela inovação tecnológica, a mobilidade dos capitais e das pessoas, além da predominância de novas potências econômicas e políticas, como a China, a índia e, bem entendido, o Brasil. Para beneficiar ao máximo esse novo contexto mundial, os gestores dos setores privados e públicos devem modificar suas maneiras de atuação. Por exemplo, o governo do Quebec trabalha, já faz muitos anos, para evoluir sua forma de gestão, para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais competitivo e integrado. Quais seriam esses desafios? O primeiro desafio é o da complexidade. Teremos que nos abrir para a diversidade das problemáticas para estabelecer parcerias e também consolidar novas redes. A dimensão intercultural constitui um fator que não deve ser negligenciada. Alguns países conciliam bem a realidade pluiricultural, como é o caso do Brasil e do Quebec, que são particularmente bem situados. O segundo desafio é o da criatividade, como criar e inovar. A realidade atual torna essencial o acesso à comunicação e informação, além da utilização de ferramentas utilizadas pela tecnologia. O terceiro desafio é concernente à inovação, como utilizar as técnicas da informação e comunicação para assegurar o desenvolvimento social, econômico e democrático das nossas sociedades. O quarto desafio é a transnacionalidade, ou seja, como assegurar a nossa prosperidade e solidariedade em um contexto econômico e tecnológico bastante integrado. Em vista dessas reflexões e considerando os desafios que temos de enfrentar, é que eu ingressei, há quatro anos, na política internacional do governo do Quebec. A título de governo, que exerce seus poderes de relações internacionais, nós temos prioridades e objetivos. Nós temos uma nação sólida e autônoma. No Canadá, áreas como a cultura, a saúde, o trabalho, a educação, a energia, o meio ambiente, o desenvolvimento econômico, a segurança, a agricultura e a imigração são responsabilidades exclusivas ou compartilhadas das províncias. Nesse sentido, eu gostaria de destacar que a ação internacional do Quebec se enquadra dentro de um federalismo canadense. Já que o nosso estado federal não tem o monopólio constitucional das relações institucionais e respeita as prerrogativas de suas províncias. Enfim, a ação internacional do Quebec se insere nesse multiculturalismo dos estados não soberanos, que se desenvolvem a volta de projetos concretos de cooperação. Assim, Quebec é membro da Conferência dos Governadores da Nova Inglaterra e dos Primeiros Ministros do Leste do Canadá. Quebec está também implicado na conferência dos Chefes de Governos das regiões parcerias, uma rede de sete estados federados, espalhados pelos quatro continentes, ou seja, estado de São Paulo, a Bavieria e Shandong. A política internacional de Quebec fortalece a capacidade de ação e de influência do estado, colocando as relações internacionais a serviço de nossa prosperidade. Essa política possibilita o nosso dever de solidariedade internacional, organiza a divulgação internacional e apóia a projeção de nossas instituições no âmbito do saber e da pesquisa. Principalmente, a política internacional constitui um elemento pragmático, assegurado e inovador, dentro do qual a ação internacional do governo de Quebec pode ser priorizada e desenvolvida com eficácia. Nesse sentido, a política internacional permitiu uma nova cartografia dos interesses atuais e futuros de Quebec. Consequentemente, nos planos dos vínculos bilaterais, há uma ação ainda mais voltada para países considerados prioritários, considerando-se os desafios espetaculares surgidos nesses últimos 20 anos. Com essa perspectiva, o Brasil constitui-se um país prioritário. Os avanços notáveis do Brasil, que são frutos de corajosas reformas políticas e econômicas que começaram pelo Plano Real, tornaram-no uma potência econômica, científica, cultural e política mundial e um parceiro privilegiado para o Quebec. Aliás, seguindo os rumos dessa política é que nós abrimos, há dois anos, um escritório do Quebec em São Paulo, dirigido agora pelo senhor Luis Armand. Esse escritório tem um mandato de fortalecer os vínculos entre os ministérios e agências brasileiras nas àreas de suas competências e apoiar nossas ações de negócios interinstitucionais e seus projetos em vários estados brasileiros. Brasil e Quebec desfrutam de bons laços comerciais e institucionais. Os dados preliminares indicam que, para o primeiro trimestre de 2010, o Brasil é o quinto mercado de exportações do Quebec. As missões que temos efetuado de ambas as partes já ocorrem há dez anos, com resultados convincentes também no âmbito institucional. A Província de Quebec assinou um acordo com o BNDS e também foi assinado um acordo de co-produção na área do cinema. Enfim, a nossa Escola de Tecnologia Superior e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo concluíram um acordo de parceria. No plano político, meu antecessor pôde, na sua última missão ao Brasil, encontrar os governadores do estado do Rio de Janeiro e do Paraná, assim como o Secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Foi também nessa ocasião que foi realizada a primeira reunião da Comissão Mista de Cooperação Quebec e Paraná. Em suma, as relações entre Quebec e Brasil têm sido de planos políticos, comerciais e institucionais, nas quais estão envolvidas uma grande quantidade de setores voltados para a tecnologia e também para a formação de pessoas. Igualmente já fizemos contatos com representantes da Embraer e também trabalhamos com representantes do metro do Rio de Janeiro em busca de produtos e soluções ferroviárias. No momento em que as regiões de Quebec se interessam cada vez mais pelo Brasil, também recebemos pessoas do Brasil na área da agroalimentação interessadas na variedade de nossos produtos. Incentivando a formação universitária, entre Quebec e Brasil, houve a aproximação de instituições para a consolidação de uma parceria na área de ensino e pesquisa. Quebec, uma das províncias canadenses, a mais ativa no mercado brasileiro, tem estabelecido parcerias com o mercado brasileiro cada vez mais com maior frequência. Acredito que essas parcerias são apenas o início de relações em plena efevercência. As relações Quebec e Brasil conheceram o bom entendimento. As nossas sociedades apresentam compatibilidades e preocupações em comum. Assim, acredito que Quebec e Brasil trabalharão juntos cada vez mais com maior freqüência, promovendo o desenvolvimento social e econômico. (...) Quebec e Brasil são sociedades democráticas, modernas, nas quais a diversidade e o multiculturalismo são elementos integrantes. Mas tanto Quebec como o Brasil devem estar bem posicionados para enfrentarem os desafios ora presentes, da complexidade, criatividade, inovação e transnacionalidade, que coloquei no início do meu discurso. (,...) Esse Congresso Mundial de Administração constitui um importante momento para promover a direção de maior união entre Província de Quebec e o Brasil. Assim, desejo a vocês um Congresso repleto de sucesso.” (Monique Gagnon-Tremblay, Ministra das Relações Internacionais de Quebec)

Quinta conferência: O Protocolo de Bologna na sociedade do conhecimento – Inova o ser humano?

Abordando a respeito da implantação do Protocolo de Bologna na Europa, o Professor Pedro Manuel Gonçalves Lourtier, do Instituto Superior Técnico de Lisboa, Portugal, pontuou que esse Protocolo iniciou-se no ano de 1999 com a declaração de ministros europeus. Inicialmente, participaram 29 países e, atualmente, participam 49 países.

O objetivo desse Protocolo é fazer com que, globalmente, as formações européias possam ser reconhecidas em todos os países europeus, ou mesmo que se possa obter um emprego em outros países que corresponda àquela formação, permitindo uma circulação européia das pessoas, tornando o espaço europeu mais coerente. Além do objetivo de mobilidade e coerência no mercado europeu, outro objetivo, então, é o da empregabilidade.

De acordo com o sr. Lourtier, muitas das instituições de ensino superior eram criticadas por não formarem as pessoas para o mercado de trabalho. Assim, colocar em foco a empregabilidade representa uma mudança de mentalidade dessas instituições. Então, para a próxima década, a questão da empregabilidade será prioritária. “Isso significa capacitar as pessoas para a sua área específica, mas também para enfrentar o mercado de trabalho e desenvolver suas atividades em um mercado globalizado”, destacou o palestrante.

Ainda destaca que, para tanto, a capacidade de comunicação, de gerir projetos, de ser inovador e liderar pessoas são competências importantes para a inserção no mercado de trabalho. Por outro lado, não é fácil formar as pessoas para a empregabilidade.
Segundo o palestrante, um aspecto importante a ser frisado, é que, a partir do ano de 2005, passou-se a uma dimensão externa desse Protocolo, ou seja, em uma dimensão global. O que significa criar parcerias com outras regiões do mundo e promover o intercâmbio do conhecimento que será desenvolvido nos países europeu e de outros países.

Complementa que, devido a perspectiva abordada anteriormente, no ano de 2009, ocorreu um fórum global dos ministros do Protocolo de Bologna, quando houve a participação do Brasil e do Canadá, dentre outros países. O que demonstrou o interesse que esse Protocolo tem suscitado em vários locais do mundo, ao se considerar que a globalização é, atualmente, um fenômeno irreversível.

O intercâmbio de pessoa entre os vários países é uma riqueza adicional para a Europa, comentou sr. Lourtier. “É importante permitir que as pessoas conheçam as outras realidades e não apenas tentar preservar o nosso cantinho, nos fecharmos em uma concha dentro de nosso país. Temos que afirmam nossa cultura, mas igualmente conhecer as outras pessoas”.

Acrescenta que espera que esse processo, iniciado na Europa e que conta com grande interesse em várias partes do mundo na atualidade, possa ser ampliado para um espaço global.

Sexta conferência: Globalização e gestão estratégica da empresa CGI

Sr. Bernard Labelle, Vice-presidente da empresa CGI, empresa de tecnologia da informação em Quebec, comentou que os pedidos da organização somam um montante de 13 bilhões de dólares, o faturamento está na ordem de 4,5 bilhões anuais, possuindo 31 mil funcionários, sendo uma empresa internacional.
O palestrante enfatizou que estamos num mundo bastante movimentado, onde milhões de e-mails são enviados e milhões de pesquisas na internet são realizadas diariamente. As nações devem se desenvolver suficientemente para ampliar suas tecnologias, perseguindo um modelo que chamamos de externalização.
Uma pesquisa da revista Forntune 2000 demonstrou que 33% das empresas do mundo já externalizaram, 15% pretendem externalizar e 51% não possuem nenhum plano de externalização. O que dá uma boa idéia da evolução e, cada vez mais, as empresas, quando externalizam, estão buscando economias de forma que o trabalho possa se deslocar e ser realizado em certos pontos de entrega de vários países.

Uma empresa, ao se decidir entrar no mercado internacional, tem que ter em foco que concorrerá com empresas de tamanho significativo. Para tanto, é necessário uma capacidade financeira, uma experiência no setor da tecnologia e no setor tecnológico dos clientes. Ao se fazer um contrato com uma empresa internacionalizada, é necessário prestar serviços em qualquer lugar onde a organização opera em nível internacional.

As empresas que não conseguem atingir o tamanho suficiente ou a massa crítica acabam deixando de existir ou são fusionadas com outras empresas. Estamos em um setor de atividade econômica que se consolida e continuará com esse processo. O que faz com que a empresa CGI possa continuar a crescer, após 35 anos de existência, é o panorama da concorrência existente. Para a empresa, a internacionalização tornou-se uma obrigação e o plano futuro segue dois vetores: promover o crescimento interno da empresa e as aquisições, instalando-se em novos mercados.

Um dos elementos que contribuiu para a internacionalização da empresa, com certeza, passou pela forma de abordar os funcionários, que passaram a ser chamados de membros, pois também se tornaram acionistas, ampliando-se as capacitações necessárias dessas pessoas. Outro aspecto foi a diretriz de dobrar o tamanho da empresa em determinado período de tempo, pois o tamanho é fundamental para permitir atender empresas de tamanho substancial. Também foi criada uma maneira eficaz e bem articulada de controle dos serviços prestados.

Segundo o sr. Labelle, “quando se opera com um cliente globalizado, ele utiliza os mesmos critérios em Paris ou em Houston, e ele quer o mesmo nível de serviços uniformes e maneira de trabalhar uniformizada. Quando um dos nossos membros vai trabalhar em uma outra unidade, ele reconhece facilmente as suas atividades, porque ele opera nas mesmas modalidades gestão, controlados pela mesma certificação”.

Sétima conferência: Desafios da globalização e da gestão estratégica das empresas – pesquisa e inovação

Em sua palestra, o Professor Réjean Landry, Diretor do Centro de Excelência em Transferência do Conhecimento e Inovação da Universidade Laval, pontou que uma análise dos principais indicadores do estado de Quebec mostrou que a província possui forças especiais para lidar com os efeitos da globalização e situações específicas, como o dólar canadense. As várias iniciativas de política de pesquisa em inovação conseguiram, ao longo dos últimos quarenta anos, implementar a maioria dos elementos de um sistema de inovação para orientar o desenvolvimento de Quebec para uma economia baseada no conhecimento.

Quebec apresenta algumas vantagens. Possui uma estrutura industrial que concluiu com êxito a transição para uma economia do conhecimento. Além disso, apresenta redes estabelecidas de desenvolvimento e de transferência dos resultados de pesquisas. Possui uma base científica para a pesquisa, como evidenciada pelo aumento de publicações em colaboração com países estrangeiros. Assim, o Professor Landry abordou a respeito de três questões: o investimento em pesquisa e desenvolvimento; a existência de uma força de trabalho altamente qualificado; e a comercialização e a exportação em Quebec.
O governo do Quebec tem reconhecido a importância para as empresas de investir mais em pesquisa e desenvolvimento. Por isso, no ano de 2010, aumentou o percentual do PIB investido nessa dimensão.

Acrescentou o palestrante, que profissionais altamente qualificados são "agentes do progresso" no sentido de que contribuem para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Como agentes de inovação, são eles que determinam em larga medida a capacidade criativa das organizações, bem como sua capacidade de gerar ou para integrar novos conhecimentos e novas tecnologias, encontrar soluções para os problemas que vivenciam ou implementar novos métodos de gestão mais eficazes. A esse respeito, Quebec tem uma boa reputação. Nas últimas décadas, o nível de escolaridade de sua população aumentou consideravelmente. A formação universitária, hoje, compara-se a maioria dos países industrializados.

Segundo o palestrante, as ações de marketing e exportação estão entre os principais fatores para tirar pleno partido eficaz da abertura dos mercados internacionais e contra o aumento da concorrência das economias emergentes e economias vizinhas, ainda mais produtivas. Até o ano de 2006, Quebec mostrou, em um contexto de mercados abertos, sinais de estagnação nas exportações para o estrangeiro, sendo investidos esforços nos últimos anos para a transformação dessa situação.

As intervenções realizadas nesse âmbito disseram respeito aos seguintes aspectos: o reforço das capacidades internas de pequenas empresas em termos de marketing e gestão estratégica de informação de mercados mais distantes; e a apreciação de incentivos para o uso de certas práticas comerciais, tais como o uso de pesquisa de mercado, o que ajudou a mudar o comportamento das atividades comerciais, conforme pontuou o Professor.

Finalização

Após a apresentação das palestras, assistidas por um público em número significativo, iniciaram-se as apresentações dos trabalhos científicos. 

Confira a galeria de fotos do Congresso. Clique sobre as fotos para ampliá-las (Fotos: LYRA PHOTO): 

 

 Conferências de Henry Sauvagnat e Wagner Siqueira 

Conferência de Raul Tadeu Bergmann

   Conferência da Ministra Monique Gagnon-Tremblay

 

 Conferência de Pedro Manoel Gonçalves Lourtie

 

 Conferências de Bernard Labelle e Réjean Landry

     

 

 

 

 


Autor: Imprensa
Fonte: ConsumidorRS

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