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Etravirina será usado por pacientes que não respondem a outros medicamentos

O Ministério da Saúde vai oferecer um novo medicamento para pacientes com Aids que não respondem mais aos tratamentos convencionais. Depois de três meses de negociação, o governo firmou um acordo com o laboratório Janssen Cilag para compra do antirretroviral etravirina, considerado de 3ª geração para tratar a doença. Com a decisão, sobe para 20 a lista de medicamentos oferecidos pelo governo para tratar a doença causa pelo vírus HIV.

Os antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus no organismo. Com isso, a defesa do corpo melhora e o portador corre menos riscos de desenvolver outras doenças.

A compra, anunciada nesta quinta-feira (14), vai custar R$ 4,2 milhões. Serão adquiridos 3.360 frascos, suficientes para atender 500 pacientes durante um ano. A primeira remessa do remédio, com 488 frascos, já começou a ser distribuída para os Estados. A última incorporação feita pelo ministério na lista de remédios distribuídos para soropositivos ocorreu em janeiro de 2009, com o raltegravir. O etravirina atualmente é usado no Canadá e Inglaterra.

A escolha do remédio do coquetel a ser indicado para cada paciente depende da avaliação de uma série de fatores: o estado geral da pessoa, a quantidade de células de defesa, além da contagem de vírus no organismo. Drogas de 3ª geração, apesar de serem mais modernas, são indicadas apenas para pacientes que já não alcançam os efeitos esperados dos remédios mais antigos.

A indicação clínica para a etravirina é feita a partir da história do tratamento do paciente e do teste que avalia a resistência aos antirretrovirais, feito nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN).

O procedimento deverá ser o mesmo que o exigido para receber outras drogas também indicadas para casos de resistência, o raltegravir ou a enfuvertida. A solicitação tem de ser analisada por um comitê técnico estadual formado por infectologistas.

Por meio de uma nota, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais informou que "a medida tem o propósito de fortalecer o uso mais adequado de medicamentos indicados para pacientes com poucas opções terapêuticas".


Autor: Agência Estado
Fonte: R7 Notícias

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