A esclerose múltipla é uma doença degenerativa sem cura, caracterizada pela perda de mielina, substância responsável pela condução dos impulsos elétricos nervosos. Esse processo, conhecido como desmielinização, prejudica a comunicação eficiente entre os nervos e o cérebro. Com estes impulsos comprometidos, o paciente pode sentir dificuldade para realizar atividades diárias devido à perda de força, sensibilidade ou formigamentos em um ou mais membros. Além da coordenação motora comprometida, assim como a visão e o controle urinário. A progressão da doença determina a intensidade dessas limitações.
O técnico de enfermagem desempenha um papel crucial nos ambientes hospitalares e domiciliares. "Neste sentido, o profissional está apto a prestar assistência relacionada à administração dos medicamentos prescritos e a auxiliar e incentivar o portador da doença no autocuidado diário", explica a professora do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Fundatec, Silvia Ferrazzo.
Segundo Silvia, o técnico em enfermagem inserido em uma equipe multiprofissional que acompanha pessoas com esclerose múltipla, deve ter habilidades próprias da profissão, uma vez que os procedimentos são amplos, envolvendo esquemas medicamentosos complexos e cuidados gerais de higiene e conforto. "A principal característica do profissional desta área é ter em mente que a dor é real e imensurável. E, sempre deve ser respeitada e considerada nas condutas estabelecidas para proporcionar conforto nas situações em que a doença se apresenta de forma aguda", conclui.